Caverna Água Suja – Parque Petar
No final do ano que passou eu comecei a sentir um leve impulso para a solidão, ou seja, vontade de isolamento. Deixei a sensação crescer e fui dando corda… Essa necessidade acabou se transformando na vontade de fazer uma viagem diferente – as regras eram: pouca gente e um lugar em que a rotina fosse completamente diferente do dia-a-dia de uma cidade como São Paulo.
Eu queria me afastar das demandas externas e quem sabe tomar mais contato com as demandas internas. Fazer somente aquilo que a motivação me instigasse e não aquilo que o mundo, a rotina diária, me determinavam automaticamente. Primeira eliminação, frente às regras, foi praia e a segunda, cidades grandes.
Conversei com o meu marido que aderiu à ideia e se incumbiu de selecionar o lugar. Ele com seu perfil aventureiro escolheu o Parque Petar em Iporanga, interior do estado de São Paulo, onde a natureza nos brinda com algo em torno de 300 cavernas e cachoeiras diversas. Em consonância com meu foco e com as regras, aceitei a ideia… só faria ou participaria daquilo que me motivasse.
Para resumir – foi perfeito! Sem sinal de celular, sem computador, sem acesso à Internet, enfim, atingi “desplugamento” ou, digamos, o Nirvana hi-tech. Em uma pousada bem rústica e uma natureza exuberante, não faltou nada para termos uma experiência bem diferente do nosso cotidiano. À noite, escuridão total e coaxar de sapos e pererecas, e pela manhã acordar ao som dos pássaros. Contemplar os vagalumes foi maravilhoso, coisa que já havia até esquecido que existia.
O caminho estava totalmente aberto à minha frente: eu podia fazer os passeios para as cavernas, podia ficar na pousada e “lagartear” na rede. Podia tomar banho no rio, podia ficar no quarto e ler, podia caminhar nas imediações da pousada… as opções eram variadas. Mas resolvi me lançar a novos desafios. Conhecer as cavernas me desafiava! Será que eu estava preparada fisicamente? Será que meu joelho operado aguentaria? Mas o que me movia era contemplar a beleza dentro das cavernas.
Vários aprendizados foram iniciados, não vou dizer que são aprendizados completos, pois acredito que o aprendizado exige sedimentação. Mas foram inputs importantes:
• Vale a pena se colocar intencionalmente frente a novos desafios, você pode se surpreender e se sentir muito feliz com a sua superação;
• Quebrar a rotina é muito importante para analisar as coisas por ângulos diferentes;
• A solidão te permite relaxar e viver de uma forma mais autocentrada e isso é bom, por um período;
• É possível viver num ritmo mais calmo e cadenciado;
• Contemplar a natureza te dá uma perspectiva de como o mundo é maravilho e de quanta coisa diferente podemos conhecer.
Eu gostaria de encontrar uma forma de trazer um pouco dessa realidade para minha vida na cidade. Como fazer isso, ainda não sei! Se você leitor já tiver encontrado um caminho para isso, escreva um comentário e socialize suas descobertas….
Como Coach, eu recomendo momentos de quebra de rotina. Isso abre a mente para novas perspectivas!
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Abraços,
Yara Leal de Carvalho
www.asdp.com.br
Yara, ótima reflexão e que viajem fabulosa. Obrigada por compartilhar. Minha sugestão para o mundo corporativo é trabalhar ações de incentivos e eventos para funcionários… Como experiências diferenciadas: esporte, filosofia e arte. Abs
Com certeza Fabiana,
As empresas podem se beneficiar oferecendo aos funcionários oportunidades de sair da rotina, isso incentiva ter novo olhar sobre as situações cotidianas….Grata por seu comentário e colaboração. Continue sempre conosco. Abrs,
Yara querida, quem bom que ouviste teu coração, esse ano é propício para Silenciar, só assim conseguiremos construir o mundo que queremos viver! O contato com a natureza é algo muito importante e estamos perdendo isso ao vir para os grandes centros. Eu tenho uma regra que aplico, preciso estar em contato com a natureza uma vez por mês. Outra opção que ainda não aderi, mas pretendo no futuro é ter um bicho de estimação, enquanto isso, tenho deixado os mosquitos e bichinhos habitarem me AP. Às vezes, vou no Ibira e fico descalça, ajuda! Outra coisa é a meditação… Read more »
Patricia, adorei seu comentário e dicas. Sabe que eu já tinha pensado no Parque Ibirapuera – acho que em São Paulo é um dos parques que realmente faz você se sentir em contato com a natureza. Ter comtemplado os vagalumes, foi realmente impactante, pois eu tinha mesmo esquecido que esse bichino existia….Passar pela experiência dessa viajem, agora que já voltei a algum tempo, naturalmente fez com que eu repare mais na natureza que nos circunda, na cidade – àrvores, passaros, borboletas… Com relação a meditação, quero muito saber mais e fazer algumas tentativa, pois fiz poucas e acho que não… Read more »
Yara, querida amiga, você é sempre surpreendente. Consigo compreender e aproveitar muito as suas reflexões sobre desejo de estar só, sair da rotina e buscar saida e alternativas para isso. A sua saida, aproveitando o final de ano foi fantástica. Gostei muito do seu relato. Aproveito para compartilhar que também sinto vontade de romper as amarras impostas pelo cotidiano. Aproveitei o meu entusiasmo com a atividade de caminhada e comecei a andar de costas, intercalando alguns segundos, minutos, as vezes no plano, outras na subida e também descida. Esta atividade, tão simples, quebra a rotina milenar de andar para frente.… Read more »
Ca, adoro suas contribuições! Achei muito criativa sua idéia de andar de costas e também a interpretação que deu para isso. Nada como ser uma boa Psicologa! O ser humano realmente é infinito em possibilidades e como podemos aprender uns com os outros. Quebrar a rotina pode ser bem simples, como a ideia que você teve e isso já dá a sensação boa de liberdade, de não estar amarrado a uma unica forma de fazer. Obrigado por sua participação e ajuda!!!Bjs