Ano 1995 – Além da posse do Presidente Fernando Henrique Cardoso, último concerto da banda Legião Urbana e o lançamento do Internet Explorer 1, viajei com a minha família para uma experiência de 3 anos nos Estados Unidos.
Posso dizer que a minha vida se divide em “antes” e “depois” desta experiência internacional. E por quê? Simplesmente porque a minha mentalidade global expandiu-se.
É claro que as coisas não acontecem de um dia para outro. O fato de ser filha de militar e estar constantemente mudando entre os vários estados do Brasil, colaborou muito para este processo, mas o desafio de encontrar um ambiente desconhecido, novo idioma e nova cultura mostrou-se empolgante para mim e eu me sentia cada vez mais motivada a aprender e a captar essas diferenças. Isso foi tão estimulante que, ao retornar ao Brasil, dediquei-me à diversidade cultural e suas adversidades, de forma profissional.
No Coaching chamamos a capacidade de lidar com a adversidade de Quociente da Adversidade (QA) . Podemos afirmar que quanto maior o nosso QA, mais talento desenvolvemos para lidar com os vários tipos de diversidade .
A diferença entre as palavras Adversidade e Diversidade é só o acréscimo das letras A e I. E o que isso pode significar num ambiente intercultural? As adversidades surgem com mais frequência porque não estamos na nossa zona de conforto e tudo o que nos causa preocupação no nosso país de origem, pode parecer muito mais complexo no país de destino, ou de cultura diversa. As gafes, os medos, as dúvidas e inseguranças aparecem neste momento .
É preciso explorar outros conhecimentos para nos encorajar a enfrentar o desafio da nova experiência.
Para o sucesso na adaptação a uma nova cultura, é necessário reforçar 3 blocos que envolvem competências específicas :
1-Capital Intelectual :
-Conhecimento global (pesquisar sobre o novo país),
-Visão global (capacidade de perceber o todo sem deixar-se paralisar pelas várias opções)
-Curiosidade ( interessar-se pela cultura, história e geografia do novo país, ter prazer pela aventura-explorar)
2- Capital Psicológico :
-Segurança em si ( autoconfiança, senso de humor, assumir riscos, energia, motivação)
3- Capital Social :
– Empatia Intercultural ( capacidade de manter elo emocional com os nativos)
– Impacto interpessoal ( habilidade de formar redes com pontos de vista diversos)
– Diplomacia ( facilidade no trato com pessoas diferentes)
Reconheço que compreender as diferenças culturais e sua imensidão de riquezas me tornou um ser humano melhor porque precisei desenvolver competências que até então eu desconhecia. Também entendo que outras diversidades que envolvem o nosso dia a dia nos convidam a conviver com diferenças de toda origem ( sociais, raciais, sexuais, religiosas, etc) , exigindo de todos e de cada um, o desenvolvimento de competências como a tolerância e acima de tudo, o respeito ao diferente.
Abraços,
Liana
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Liana…muito bacana seu relato.
Toda a experiência é positiva, mas é desafiante interagir com outras pessoas e culturas. Vendo o crescimento do Brasil hoje, é realmente necessário pensar nas trocas que podem ocorrer entre as pessoas. Parabéns pela sua experiência!!
Obrigada, Ricardo. No mundo globalizado, a interação e o respeito às outras culturas é fundamental. Abraço.