Estive pensando nestes últimos dias, após o encerramento do Rio +20, sobre a questão do hábito. Este assunto me chamou a atenção porque a questão ambiental, assim como tantos outros comportamentos diários, requer um esforço para se tornar rotina. No Coaching entendemos que só há mudança de hábito quando se entende o real benefício da mudança.
Formar um novo hábito exige esforço em 3 áreas:
1- Conhecimento: o que fazer e por que fazer.
2- Capacidade: como fazer
3- Vontade: desejo de fazer
Se tomarmos um exemplo simples, como a educação de uma criança, notaremos que é através do hábito que certos comportamentos se solidificam por toda a vida. É preciso mostrar à criança como fazer a escovação dentária, explicar porque é importante este ato e por fim, despertar a vontade para que ela faça disso um comportamento habitual.
Nós adultos, também precisamos seguir estes 3 passos para mudarmos nossos hábitos, muitas vezes já arraigados em comportamentos inadequados.
Para entendermos melhor tudo isso, vamos recordar a questão da exigência do uso do cinto de segurança. A princípio muitas pessoas questionaram a obrigatoriedade, o custo de instalar o cinto, os benefícios, etc. Foi preciso haver o conhecimento através das campanhas publicitárias com imagens chocantes de acidentes para que as pessoas se conscientizassem das vantagens do seu uso, aprendessem a usá-lo e tivessem realmente o desejo de se protegerem contra os acidentes. Hoje, se não afivelarmos o cinto ao entrarmos no carro, parece que estamos sem proteção, tal o grau de consciência que temos sobre sua importância e seus benefícios. Atualmente as faixas de pedestres estão em evidência nas campanhas de educação no trânsito e aos poucos vamos, também, nos habituando a respeitá-la.
Voltando para a questão ambiental, percebemos que ela envolve aspectos culturais, econômicos e sociais. Cultural porque abraça a ideia de que temos abundância de recursos e nada vai faltar neste “país abençoado por Deus e bonito por natureza”. Econômico porque exige investimento. Social porque envolve educação e a educação é feita através de bons hábitos.
Ao me questionar sobre a utilização de lixo reciclável, a eliminação de sacolas plásticas , o uso racional do automóvel e outras formas de contribuição para a sustentabilidade, formulo as perguntas que reforçam a mudança de hábito: Tenho vontade de deixar um ambiente mais salutar para as próximas gerações? O que eu posso fazer e por que fazer? Como posso colaborar? Qual a minha participação neste processo?
Ao analisar os benefícios que essa mudança de atitude promove a mim e à coletividade, passo a me educar para este novo tipo de comportamento. Conscientizo-me do que é importante para mim, o que é salutar para o meio ambiente, independente de quem leva vantagem ou não. Mais do que proibir ou exigir, é preciso educar para adotar paulatinamente soluções sustentáveis.
Convido você, leitor do nosso Blog, a parar e refletir sobre os benefícios da mudança de atitude em relação ao meio ambiente. Liste as vantagens que a mudança de hábito trará para você como indivíduo, para a sua coletividade e acima de tudo para a sua consciência como cidadão do mundo. Mesmo que você tenha listado apenas um item, ainda assim estará valendo a pena a sua mudança de comportamento. As gerações futuras e a biodiversidade agradecem!!
Abraço,
Liana
Otimo!