“A gente não quer só dinheiro.
A gente quer dinheiro e felicidade.
A gente não quer só dinheiro.
A gente quer inteiro e não pela metade.”
Trecho da Musica “Comida” – Titãs
Como já bastante divulgado, a Geração Y é composta por pessoas nascidas entre 1980 e 1999, aproximadamente. São jovens impacientes, rápidos, que buscam reconhecimento e desafios constantes.
Essa geração cresceu numa época em que tecnologia passou por grandes avanços. Os pais procuraram dar aos filhos tudo o que não tiveram: atenção, bens materiais, atividades que ajudaram a fortalecer a autoestima de seus filhos. Eles cresceram vivendo e agindo, estimulados por múltiplas atividades e cursos. Isso formou jovens capazes de lidar com várias tarefas ao mesmo tempo, de foma rápida e sempre conectados.
A Fundação do Instituto de Administração da FIA/USP, realizou uma pesquisa com 200 jovens dessa geração, de São Paulo e obteve os seguintes resultados:
Aninha só trabalha com chefes que admira; Theo não suporta ficar mais de três meses envolvido com o mesmo tipo de atividade; Luisa quer ganhar bem fazendo o que gosta; Tomás quer se tornar Gerente em um ano; para Vivian é fundamental receber feedbacks constantes; ter a possibilidade de estar conectado ao mundo virtual durante o expediente é ponto de honra para Artur; Claudia precisa sentir que está sendo desafiada e que contribui para os objetivos da empresa; trabalhar em uma empresa ética é fundamental para Rogério e Luciana quer ter flexibilidade de horário.
A maior parte dos anseios da Geração Y é comum a outras gerações, mas o que realmente faz a diferença é que esses jovens não estão dispostos a “engolir sapos”, ou seja, se não é do jeito que eles querem, então vão buscar seus sonhos em outra empresa.
Esse perfil arrojado e voraz vem trazendo um desafio para as empresas que tem buscado formas para atrair e reter esses profissionais, pois precisam ter mão de obra qualificada para substituir os membros das gerações anteriores que vão deixar o mercado de trabalho.
As empresas terão dificuldade para sobreviver no longo prazo sem uma constante renovação do quadro de funcionários, principalmente de gestores e altos executivos. Portanto é fundamental repensar o modelo de gestão para conseguir adaptar o ambiente organizacional a essa nova demanda.
Esse texto foi produzido no final de um ano de participação no Grupo de Estudos sobre Geração Y da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos) e publicado no Caderno de Empregos do Jornal o Estado de São Paulo em 01/01/2012.
Abraços,
Acho que não concordo. As empresas estão enterrando os cargos de média e de alta gerência. Conheço algumas que encerraram cargos/caixinhas de diretores.
A autogestão e a terceirização estão falando mais alto que a geração Y.
Empresas estão trocando gestão própria pela reciprocidade. Um exemplo? Casas Bahia. A empresa dos Klein foi caso em Harvard por não terceirizar e adotar um modelo de gestão sustentado em níveis matriciais de gerentes e diretores. Faliram. A empresa foi assumida pelo grupo CBD/Globex, leia-se Casino no Brasil.
A vantagem da geração Y é a internet. Só.
1 abraço.
Renato Esteves
Renato,
Grata por compatilhar sua opinião. Abrs