A definição de coaching, defendida pelo International Coaching Federation, é a de que o coachee (cliente), um especialista de sua vida pessoal e profissional, contrata um coach, para ajudá-lo a ter consciência sobre onde está, aonde quer chegar, quais obstáculos têm que ser vencidos e quais planos e ações deve escolher para alcançar o que deseja.
O que chama atenção, para uma das competências que um coach deve ter para ser um profissional de sucesso, é essa capacidade de promover a conscientização e ir além do que o coachee expressa. Ele ajuda seu cliente a clarear suas questões fundamentais, seus valores e crenças, seu potencial e, por vezes, suas incoerências, ampliando suas perspectivas e criando possibilidades de mudanças em seu ponto de vista.
É nesse momento que o coachee perceberá a necessidade de se autoconhecer, a urgência de entrar em contato com a complexidade do ser humano e de ser o que se é, considerando seus paradoxos.
As perguntas do coach levarão o coachee a refletir sobre uma sabedoria que ele já possui; no entanto, como o racionalismo ocidental invalidou esse conhecimento, há uma tarefa a ser perseguida: a abertura do portal que facilitará o contato do coachee com seus aliados internos e com ele mesmo para que, dessa maneira, alcance o que deseja.
Para o coachee, seus adversários serão os hábitos que no processo de coaching precisarão ser revistos para que novos caminhos o apresentem ao significado de sua trajetória. Essa reforma se apoiará em três colunas: a experiência, a compreensão e o exercício.
No processo de coaching, o coachee poderá se reconhecer e deparar com a tarefa de decifrar o conteúdo de suas experiências essenciais, o que lhe abrirá as portas para suas verdades fundamentais e lhe mostrará, sobretudo, qual o caminho que lhe corresponde, aquele que o colocará em direção às suas metas.
Para isso, a missão do coach pode ser, entre outras coisas, a de fazer o encontro do coachee com a oposição de sua realidade percebida nesta terra, e a sua realidade essencial, facilitando-lhe o reconhecimento de seus dons e de seus talentos para agir de forma especial e única.
O caminho a ser trilhado pelo coachee, para que ele integre os polos existentes em sua consciência e atinja um amadurecimento humano ideal, é longo. Entretanto a tarefa visionária e a aprendizagem contínua que ocorrem durante o processo de coaching facilitarão a sustentar esse caminho.
Como coaches, também precisamos ter amplas perspectivas para auxiliar a condução do coachee nessa jornada. Como ajudá-lo e empreender nosso próprio caminho de amadurecimento? Não basta “pegar carona” nas trajetórias dos coachees, há que se planejar nossa própria viagem.
Abraços!
Marta Maria Souza
Consultora e Coach (ACC – Associate Certified Coach pela ICF). Certificada como NeuroCoach pelo NeuroLeadership Group (NLG) e pela Corporate Coach U. Master Practitioner em Programação Neurolinguística e “Generative Coach”. Qualificada nos instrumentos MBTI e TMP (Gerenciamento de Equipes). Graduada em Matemática e pós-graduada em Computação Científica pela UFRJ, pós-graduada em Redes de Computadores pela PUC-RJ. Fez MBA com ênfase em Empreendedorismo pela FIA-SP. Possui 20 anos de experiência como Gerente de Projetos de TI em empresas como: EMC, Vivo e Telefônica Celular RJ. Atualmente é consultora e treinadora do NLG.
Marta, você está de parabéns pelo excelente texto. Esbanjou objetividade ao apresentar a todos os mecanismos que envolvem as sessões de Coaching, proporcionando aos coachees ultrapassarem barreiras para muitos intransponíveis.
Muito obrigada!!
Marta, gostei bastante de sua explanação, foi clara e objetiva. Parabéns!
ontem escutei uma frase no filme “flores raras” que cabe bem a nossa tarefa de coaches: ajudamos o coachee entender que o improvável não é impossível.
Lucila, obrigada por partilhar sua opinião, maravilhosa frase!