Outro dia estive refletindo sobre a importância dos mestres em nossa vida. Pensei sobre minha trajetória e os desafios que se passaram. Frente a muitos deles acredito que se não fosse pela presença de um mestre eu não conseguiria superar. Ou mais importante ainda, sem a presença de um mestre eu não teria os conhecimentos e a sabedoria que tenho hoje, e que emprego a favor de meus clientes, amigos e familiares. Esse texto é uma homenagem a todos eles.
O mestre necessariamente não precisa ser uma pessoa como normalmente é caracterizado em livros ou filmes: velho, experiente, desapegado, com barba e um cajado. O mestre pode ser simplesmente uma situação vivenciada que lhe traz o aprendizado necessário e isso muitas vezes é totalmente negligenciado.
Todos os meus técnicos de natação foram grandes mestres para mim, cada um com seu jeito. Na maioria das vezes, disciplinadores. Mas se não fossem os anos contando azulejos de piscina e levando inúmeras broncas, eu não teria entregado muitas das minhas responsabilidades da vida adulta no prazo. Eles também me deram uma excelente noção de processo, que sempre retransmito aos meus clientes de coaching e personal: quem não treina antes, não ganha depois. O resultado final é a soma de vários pequenos esforços diários. No esporte isso é a periodização de treinamento: o que será feito, como, quando e quanto; o que se espera no final, o que foi obtido e qual o feedback que temos. Muitos me explicavam a periodização para que eu não fosse apenas uma máquina repetindo treinos, mas para ser um atleta consciente do que fazia.
Por mais que tenha sido duro, penoso e difícil os anos de natação, hoje sou muito grato a tudo que passei. As madrugadas de treino, as manhãs frias e congelantes, o aquecedor quebrado, as lesões, as viagens longas em ônibus péssimos, as dores, o cansaço. Todas essas experiências foram grandes mestres que fortaleceram meu espírito. Ao contrário de muitos amigos que não eram atletas e me perguntavam por que eu fazia tudo isso, eu nunca me fiz essa pergunta. Amava o que fazia e chorei muito quando decidi parar de nadar. Às vezes deixamos de tornar as experiências grandes mestres por uma sabotagem do nosso cérebro, ou do nosso ego, perguntando “por que” eu tenho que passar por isso na vida? Já se perguntou “para que ou o que eu tenho a aprender”?
Fica o convite agora para refletir sobre os mestres que você já teve ou tem atualmente. Quem são eles e o que lhe ensinaram? O que têm a ensinar? O que você fez para demonstrar sua gratidão?
Evocê já pensou que pode ser o mestre de alguém também?!
Grande abraço!
Alexandre Nakandakari
alexandre@questaodecoaching.com.br
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