Toda vez que volto do interior de São Paulo para a Capital, venho devaneando pela estrada, pensando que deixei a simplicidade para traz e estou indo em direção à complexidade.
Há algum tempo venho notando a minha preferência e também de muitas pessoas, por um estilo de vida pessoal e profissional onde prevaleça o simples, o espontâneo, o natural, o que não é complicado…
Se observarmos aspectos do nosso dia a dia veremos exemplos claros de como isso acontece.
Na vida corporativa, observam-se cada vez mais processos complexos , reuniões improdutivas, trocas de mensagens desnecessárias e que não agregam valor ao negócio . Este modelo tem pouca atratividade, nenhum significado e consequentemente gera pouco engajamento.
As empresas que prezam a simplicidade são mais atraentes porque possibilitam a aprendizagem de forma mais natural, são menos burocráticas , são mais ágeis nas tomadas de decisão , geram maior motivação e por isso são mais cobiçadas pelos jovens.
Hoje muitos deles seguem nesta direção ou buscam a produtividade e a otimização do tempo através do empreendedorismo de algo simples para administrar , que lhes faça sentido e que lhes traga satisfação.
Notem que a busca da simplicidade não exclui a modernidade. A tecnologia veio para libertar-nos já que ajuda a restringir a distância, ganhar tempo e manter contatos. O Skype, Facetime e LinkedIn são exemplos disso. Ao trabalharmos de casa, utilizando os recursos tecnológicos, temos mais qualidade de vida e satisfação por não enfrentarmos horas no trânsito e podermos usufruir mais tempo junto a família.
Observo também que a estrutura complexa costuma gerar angústia por demandar mais tempo nas decisões de todas as áreas e consequentemente , repetição de tarefas , mais pessoas envolvidas, mais atrasos, ansiedade e preocupação com o status quo.
Na estrutura descomplicada, a tendência é de que tudo flua mais rapidamente, sem desgastes emocionais, com cooperação , de forma leve e espontânea.
No âmbito pessoal, a vida simples nos remete à nossa essência, ao nosso eu “descontaminado” , liberto da preocupação com status, aparência, consumismo.
Embora não se consiga evitar totalmente a complexidade, a forma de lidar com ela vai exigir mais ou menos de cada um. Cabe a nós escolhermos se queremos mais angústia ou mais tranquilidade para nossas vidas.
Enquanto não consigo me desvencilhar de muitas das complexidades da capital, sonho em fazer o caminho inverso , que me leve de volta à simplicidade da cidade pequena .
Quer ler mais sobre a arte de descomplicar ? Acesse o link:
https://qdc.yaraleal.com.br/2013/05/13/descomplicar-e-o-caminho/
Abraços,
Liana Westin