“Nosso grande medo não é de que sejamos incapazes. Nosso maior medo é que sejamos poderosos além da medida. É nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos amedronta. Nos perguntamos: “quem sou eu para ser brilhante, atraente, talentoso e incrível?” Na verdade, quem é você para não ser tudo isso?… Bancar o pequeno não ajuda o mundo. Não há nada de brilhante em encolher-se para que as outras pessoas não se sintam inseguras em torno de você. E à medida que deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo”. (parte do discurso de posse de Nelson Mandela em 1994)
Para a maioria das pessoas, brilhar profissionalmente não é tarefa fácil, é matéria para longas revisões e reflexões. Especialmente no mundo corporativo, a carreira geralmente é definida por uma sequência de promoções, remuneração crescente, cargos hierarquicamente superiores…
No entanto, a velocidade das mudanças tem proporcionado o surgimento de novos modelos de contrato e as pessoas tem aproveitado essa onda para crescer, atuando em tantos quantos sejam os empregadores dispostos a apostar em suas competências. Buscam também entender suas razões para trabalhar e gerar significado para suas vidas, fazendo surgir uma capacidade autônoma de gerenciamento de carreira, com base em suas vivências, seus talentos.
O conceito de “carreira” vem da palavra latina “carraria”, que significa “caminho para carruagens”. Este conceito se modificou ao longo dos anos e, por volta de 1530, significava apenas “um caminho”. No século XIX foi agregado ao mundo dos negócios e, atualmente, é entendido como “um caminho rumo a objetivo que atenda necessidades pessoais, traga satisfação e realização profissional”. Não por acaso, e derivando deste conceito, os novos modelos de contratos são conhecidos por “proteanos”, denominação advinda de Proteus, figura mitológica grega que tinha o dom de transformar-se e mudar de forma de acordo com a sua vontade, numa analogia à adaptabilidade e versatilidade hoje exigidas dos profissionais.
É desta concepção, associada às transformações do contexto mundial, que vimos emergir as chamadas “carreiras sem fronteiras”, que transcendem os limites de um empregador único, resultando em modificações nos vínculos empregatícios e até em múltiplas ocupações. Este modelo demanda ao profissional um profundo autoconhecimento, pois as relações de trabalho são negociáveis e o sucesso passa a ser associado a critérios pessoais: é a pessoa e não a organização quem gerencia e dá lustro à sua carreira, é a pessoa quem aprimora suas competências, quem busca uma visão multicultural, quem estrutura a própria rede de relacionamentos e constrói sua imagem, tornando-se autor da própria história.
Sendo assim, imaginar-se brilhando não é fantasiar: é dar foco e objetivo à sua carreira, ampliar horizontes e contribuir para as suas reais possibilidades de realização. Lembre-se: “bancar o pequeno não ajuda o mundo!”
Abraços
Rubia Pompêo
Sócia-Diretora da WE-Assessoria, Consultora Organizacional, Psicóloga Clínica e Psicodramatista.
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Boa tarde, Rubia! Excelente artigo, tendo em vista nos levar a reflexão e nos mostrar que tudo é possível quando temos foco, objetivos e persistência. Parabéns e sucesso sempre. Abcs
Obrigada, Alex.
Espero ter contribuído para novas e mais profundas reflexões!
Abs,
Rubia Pompêo
No início de minha ‘carreira’ fui considerada e acreditei nisto, ‘instável’, por buscar sempre novos desafios, liberdade e satisfação na realização de minhas atividades. Fico feliz em ler seu texto, pois só confirma o que eu e muitos profissionais já intuíamos, e que felizmente o mercado assimilou e permitiu. Hoje, somos profissionais felizes, realizados e, te copiando, fazendo muito mais, bem à sociedade. Parabéns pelo texto. Abraço.
Obrigada, Valéria!
Continuo acreditando que só prosperamos se trabalharmos naquilo que amamos!
Bom saber de sua realização e felicidade profissional!
Abs,
Rubia Pompêo