No dia 04 de Setembro de 2014 aconteceu o III FOCO Forum Brasileiro de Coaching Executivo e Empresarial, realizado pela ABRACEM (Associação Brasileira de Coaching Executivo e Empresarial), e nós da Equipe Questão de Coaching estivemos presentes. Queremos agradecer a Rosa Krausz e toda equipe da ABRACEM pela oportunidade de fazer parte deste evento e inestimável receptividade que tivemos. Aqui vai um resumo dos principais pontos discutidos:
Mesa redonda I
Coaching executivo e empresarial: presente e futuro
Dra. Tânia Casado, Carlos E. Magni e Liana G. Gomes
Essa mesa redonda foi muito boa, Dra. Tânia nos trouxe um retrospecto desde os anos 70 até os dias atuais do que acontecia nos aspectos sociais, políticos e econômicos, e como esses cenários “conversavam” com o que acontecia na área de Gestão de Pessoas. É importante estudar o passado, analisar o presente e projetar o futuro. Outro ponto importante de sua apresentação, trazendo o lado acadêmico, é que precisamos de fundamentação teórica para nossa prática. Não dá para atuar como coach apenas com um curso básico e algumas ferramentas prontas na maleta.
Liana Gomes nos trouxe a visão do profissional coach e sua preocupação com a falta de regulamentação, ou a auto regulamentação, da área. Hoje há uma confusão do próprio mercado sobre a diferença entre coaching, mentoring, counseling, e também um crescente uso de meios tecnológicos na prática do coaching, o que para ela é um ponto de reflexão. Ela também se preocupa com a falta de referencial teórico do coaching e de métodos para avaliar o resultado efetivo do processo. Enxerga duas vertentes de embasamento teórico: o modelo americano que usa a psicologia positiva e a cognitiva comportamental, e o modelo europeu que tem por base mais a psicodinâmica, gestalt e psicanálise em seu arcabouço. Porém, aponta esse gap de teorias como uma grande oportunidade de pesquisa.
A apresentação de Carlos Magni fechou com a perspectiva de quem contrata o coach e como o coaching contribui com o desenvolvimento de atuais e futuros líderes na empresa. Ele nos trouxe um termo com trocadilho em português: (MU) VUCA World. O mundo atual é uma verdadeira muvuca, cheio de eventos inesperados que temos que lidar com eles. O termo é um acrônimo em inglês: Volatile, Uncertain, Complex, Ambiguos. O mundo Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo. Esse é o contexto onde o coaching entra no mundo corporativo.
Mesa redonda II
O processo de contratação do coach executivo e empresarial como fator de sucesso
João Batista Oliveira, Marcella Tambellini e Juliana Graminho
Essa mesa redonda trouxe alguns fatores que as empresas consideram no processo de contratação do coach. J. B. Oliveira apresentou uma perspectiva do “chão de fábrica”, o quão árduo é convencer o líder que está diretamente na produção a fazer coaching, muitas vezes visto como “coisa de frouxo”. Por outro lado, as empresas hoje tem que lidar com pessoas que querem ser felizes e não apenas ter um trabalho fixo bem remunerado. Tanto no chão de fábrica quanto nos níveis superiores, o coaching é a ferramenta escolhida no desenvolvimento de seus profissionais e no processo de contratação há um trabalho do RH em mostrar aos funcionários que o coaching é um presente, ele recebe a explicação do processo e tem liberdade para escolher seu coach.
Marcella Tambellini apresentou um aspecto preocupante para nós coaches: o RH faz formação de coaching para se preservar de más contratações. O RH precisa entender o que fará uma pessoa que irá mergulhar dentro da empresa e da vida de seu executivo, e quem é essa pessoa, qual o seu perfil? Além disso, um bom levantamento das necessidades e o envolvimento dos stakeholders fazem a diferença no sucesso do coaching.
Juliana Graminho falou da importância do coach externo, ele traz um novo olhar que talvez alguém de dentro da empresa teria um olhar viciado, principalmente sobre o coachee. Um ponto importante: o coaching é um processo silencioso, portanto necessita de acompanhamento.
Na parte da tarde teve uma mesa redonda com o tema existe superposição de papéis do psicólogo organizacional, psicanalista e coach executivo empresarial? Participaram dessa mesa Patrícia Jasiocha, Fabio Michelete e Ana Cristina Simões. Cada participante levantou pontos interessantes a respeito do papel de cada profissional, em especial ao do coach. Em linhas gerais, a conclusão é de que, não existe uma superposição, no sentido de um profissional invadir o espaço do outro. Mas sim uma adição e complementação dos diversos trabalhos.
A última mesa redonda foi o relato de pessoas que passaram pelo processo de coaching. Participaram Ana Cláudia Sá e Silva, Eduardo Gualberto e Adriane Parissi, que mostrou quais os critérios e o processo de contratação de coaches na empresa em que trabalha. Ana Claudia e Eduardo contaram suas experiências como clientes. Eles fizeram relatos interessantes e bem contextualizados, em que foi possível observar em qual momento o trabalho do coach foi requisitado e quantos benefícios os coachees tiveram da experiência.
No final, Rosa Krauz abriu espaço para comentários e sugestões. Os participantes elogiaram o dia, mostraram interesse para ouvir mais relatos de coachees e sugeriram temas para o FOCO do próximo ano. Foi um dia rico em conteúdo, novos aprendizados e relacionamentos!
Algumas fotos do evento!