Plano de ação. O que vem à sua mente quando pensa em fazer um plano de ação? Percebo durante esses anos de caminhada no coaching que a maioria das pessoas não entende muito bem o que é e como utilizá-lo. Existe até uma certa resistência e nessas horas eu gostaria que algumas manifestações culturais do nosso povo não se tornassem argumentos corporativos: “deixa a vida me levar, vida leva eu”. Que me desculpe Zeca Pagodinho. Mas planejar não é engessar.
Talvez essa resistência ao planejar seja pela sensação de engessamento e alto comprometimento. A ideia de colocar as ações no papel pode trazer essa sensação. Mas na verdade há um fluir, existem muitas coisas que surgem no decorrer da vida.
Aprendi no Treinamento Desportivo que em toda periodização de treino existe o planejado e o executado. Ao iniciar a temporada o atleta tem uma planilha que detalha todo ciclo de treinamento: dias, semanas, meses, anos e até ciclo olímpico (4 anos). Todas as competências que serão trabalhadas, intensidade, quantidade de treinos, descansos, fase de avaliações, competições. Tudo engendrado para um determinado objetivo em um espaço de tempo prévio. Isso é o planejado.
O executado é aquilo que foi realizado. Nem sempre o planejado é igual ao executado. Seja pelo motivo que for, se algo não saiu como o planejado toda planilha deve ser reajustada. Um dia de treino não realizado é um dia a mais de treino lá na frente. Uma semana doente é retrabalho na volta aos treinos com cargas mais leves e uma (ou mais) semanas lá na frente. É uma dança, é fluido, é dinâmico.
Talvez essa flexibilidade seja a maior característica de um bom plano de ação, já parou para pensar sobre essa perspectiva? Veja alguns posts relacionados para ampliar sua visão:
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Grande abraço!
Alexandre Nakandakari