Não basta promover mudanças, elas precisam ser sustentáveis. Numa época em que se fala muito sobre sustentabilidade, quer seja dos negócios ou das organizações, cabe aqui uma reflexão sobre este tema no âmbito individual. Fala-se muito em sustentabilidade de uma forma global, mas não tanto sobre o quanto as mudanças individuais, principalmente as da liderança, impactam essa sustentabilidade.
Ao longo dos anos muito se tem investido no desenvolvimento das lideranças: programas de treinamento e desenvolvimento, coaching, mentoring, experiências internacionais, entre outros, e ninguém duvida que os resultados do negócio dependem de uma liderança fortemente engajada e com as competências necessárias para alavancar o negócio e gerir suas equipes. Mas até que ponto os resultados dessas ações são realmente sustentáveis? O investimento é grande, mas e o retorno em forma de resultados? Eles perduram ao longo do tempo?
Durante muitos anos de experiência como executiva na área de Recursos Humanos sempre me perguntei sobre as mudanças que as ações de desenvolvimento realmente provocavam. Os comentários mais comuns eram: o treinamento foi ótimo, mas quando voltamos para nossa realidade de trabalho não conseguimos aplicar quase nada ou não percebi nenhuma mudança no meu “chefe” depois do treinamento, ele continua o mesmo. E isso me levou à seguinte reflexão: O que falta para transformar conhecimento em ação? Como fazer com que as mudanças propostas nas ações de desenvolvimento realmente se convertam em comportamentos observáveis no dia a dia de trabalho?
Baseada na minha experiência, estudos, leituras, troca de experiências, gostaria de listar aqui algumas reflexões e estratégias que podem ser úteis:
David Ulrich no início de seu livro “A Sustentabilidade da Liderança”, faz a seguinte provocação:
“Imagine que um grupo de perus participa de um programa de treinamento de dois dias para aprender a voar. Eles aprendem os princípios da aerodinâmica e praticam voo de manhã, à tarde e à noite. Aprendem a voar a favor e contra o vento, sobre montanhas e planícies, juntos e em voo solo. Ao final de dois dias, todos tomam o rumo de casa”.
Finalizando, faço minhas as palavras do autor:
“Não tome o rumo de casa”.
Conheça nosso produto para desenvolvimento de líderes – Programa Líderes em Ação
Abraços
Clarice Perrone
Interessante o artigo, mostra a necessidade prática do aprendizado ressaltando o termo e lugar da sustentabilidade. Importante ressaltar a importância de se ter um planejamento estratégico de liderança, visto que, diferem as pessoas entre si e as empresas quando empregado o planejamento. Isso mostra a singularidade e reforça o termo sustentabilidade nas pessoas quanto sua prática. Neste caso, a empresa ganha, porque é o individual contribuindo para o coletivo em prol da construção da organização.
Olá Roberto
É isso mesmo, a sustentabilidade implica em colocar em prática os conhecimentos e também em ter o apoio da organização para que as mudanças sejam possíveis e perenes. Contar com um planejamento estratégico é fundamental e tratar cada pessoa de acordo com sua singularidade é o que vai fazer a diferença.
Abraços
Clarice