Quantos gestores autoritários você conheceu ou teve ao longo da sua carreira profissional? Qual o primeiro sentimento que lhe vem ao lembrar-se deles? Raiva, frustração, gratidão… Sim, gratidão! Alguns ainda conseguiram, após um período, ressignificar experiências difíceis com líderes autoritários e encará-las como oportunidades que tiveram para descobrir competências até então desconhecidas, como: coragem, assertividade, determinação, ambição, liderança… Mas será que não existem formas menos dolorosas para se descobrir os talentos escondidos?
A figura do chefe autoritário, que sabe tudo o que precisa fazer e não busca conselhos, está em extinção nas organizações. Liderar não é chefiar, mandar fazer ou dizer o que está errado. Liderar é inspirar e engajar a equipe em prol de um objetivo comum. De acordo com a pesquisa realizada pela consultoria de recrutamento Heidrick & Struggles em parceria com a Saïd Business School da Universidade de Oxford, com mais de 150 líderes ao redor do mundo, 71% deles admitiram já ter tido dúvidas sobre decisões que tomaram.
Os líderes antenados com as atuais expectativas humanas sabem que quanto mais cooperação da equipe tiverem, melhor será a tomada de decisão.
Por conta da globalização e tecnologia, o volume de informação aumentou exponencialmente e as mudanças estão cada vez mais aceleradas. Ao exporem o desconforto causados por suas dúvidas, eles fortalecem a colaboração dentro da equipe e chegam a melhores decisões. Líderes genuínos sabem e gostam de escutar seus colaboradores, valorizam suas opiniões e propiciam espaço para criatividade e inovação.
Essa pesquisa identificou que uma das capacidades críticas de liderança dos Diretores Gerais refere-se ao poder da dúvida. A transformação da dúvida em uma ferramenta poderosa de tomada de decisão é uma habilidade essencial entre os Diretores Gerais da atualidade. Eles utilizam a dúvida de maneira similar à forma como os atletas de elite utilizam os nervos: como fonte de foco e compenetração, quando aproveitados de maneira construtiva.
A expectativa das empresas é que seus líderes consigam interpretar as transformações no cenário econômico, político, tecnológico, social e cultural que podem afetá-la e decidir, em tempo hábil, qual a melhor pista a seguir.
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Boa semana!
Cassia Verginia de Resende
Coach e facilitadora de processos de desenvolvimento
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