Ser um gestor não significa necessariamente liderar. Gerenciamos coisas e lideramos pessoas. Se liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir um objetivo comum, é possível desenvolver essa habilidade? Ou apenas alguns privilegiados nascem com ela?
Habilidade é uma capacidade adquirida, logo é possível desenvolver a habilidade de influenciar pessoas. Agora é importante distinguir poder de autoridade, pois no mundo corporativo, são muitos os que ainda as confundem no dia a dia.
Poder é a capacidade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa da sua posição, mesmo que a pessoa preferisse não fazer. Na hierarquia de uma empresa, existem os chefes e seus subordinados, e nessa pirâmide baseia-se o poder da decisão do primeiro, mas a autoridade não tem nada tem nada a ver com a hierarquia que se ocupa.
A autoridade é a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal. Ao se destacar naturalmente em uma equipe, uma pessoa assume uma certa autoridade, o respeito dos demais, logo pode ser chamado de líder da equipe, mesmo não formalizado na hierarquia. A autoridade diz respeito a quem você é como pessoa, a seu caráter e a influência que estabelece sobre as pessoas.
Para conquistar o respeito e admiração dos funcionários, o líder tem que ser coerente com os princípios que prega. Se fala de lealdade, mas não é leal, perde toda a credibilidade. Provavelmente você já ouviu a expressão “faça o que eu falo, não faça o que eu faço. Para influenciar pessoas, você precisa construir relacionamentos saudáveis e o ingrediente mais importante para isso é: confiança. Sem confiança é difícil senão impossível conservar um bom relacionamento. Tudo na vida gira em torno dos relacionamentos. Sem níveis básicos de confiança, os casamentos se desfazem, as famílias de diluem, as organizações se dissolvem, os países desmoronam. A confiança vem do fato de uma pessoa ser confiável.
O consultor americano Stephen M. R. Covey, autor do livro “O Poder da Confiança”, comenta: “O primeiro passo para criar confiança em alguém é começar com você mesmo, criando autoconfiança. Pergunte-se: eu confio em mim mesmo? Então, você tem de focar em criar e cumprir compromissos com você mesmo. A autoconfiança precede a confiança nos outro”. Uma vez iniciado o processo de autoconfiança, você constrói confiança nos outros. A chave para isso é criar compromissos com os outros e cumpri-los. Fazer um outro compromisso. E cumpri-lo. Fazer outro compromisso, e cumpri-lo.
Discurso e ação coerentes criam confiança. Líderes confiáveis constroem relacionamentos bem sucedidos e consequentemente motivam e influenciam pessoas para a realização de um objetivo específico.
De um a dez, quanto você confia em você?
Boa semana!
Cassia Verginia de Resende