Olá Leitor,
Recentemente, trabalhando em um processo de coaching, minha cliente descobriu uma oportunidade de emprego que parecia ser a ideal para o que buscava naquele momento de sua carreira.
Nós trabalhamos juntas alguns aspectos essenciais para a candidatura àquela vaga como: ajustar o CV para a a oportunidade específica, criar uma carta de apresentação, simular uma entrevista com possíveis perguntas e respostas sobre a empresa, aspectos próprios da posição aberta e do mercado para qual aquela empresa pertencia. Com o decorrer do processo senti que a excitação inicial de minha cliente havia diminuído. Ela parecia nervosa, silenciosa e hesitante em iniciar os próximos passos. Algo diferente estava acontecendo em relação ao processo seletivo.
Perguntei a ela se realmente gostaria de seguir em frente com aquela iniciativa porque poderia ter mudado de ideia e não havia problema algum.
Ela respondeu que não, que ainda queria se candidatar ao emprego, mas estava percebendo que a posição era para uma pessoa com mais experiência que ela e duvidava se realmente poderia oferecer algo para aquela oportunidade e empresa.
Conforme nossa conversa foi fluindo, percebemos que estávamos chegando ao cerne da questão e que é muito comum… O que é novo nos assusta, nos desafia e pode nos deixar em dúvida de nossas capacidades. Às vezes, este pensamento pode ser real, mas outras vezes pode ser equivocado.
Aqui estão quatro perguntas que as respostas podem mostrar que você pode estar errado sobre ter “nada a oferecer” a sua empresa do sonho (ou seu cliente do sonho, seu mentor do sonho, qualquer sonho que você possa ter).
Grandes CEO’s de empresas costumam dizer: “A sua paixão é a sua qualificação. É a sua qualificação de liderança. ”
Se você realmente é apaixonado por seu campo de atuação, uma empresa específica ou um trabalho específico, a paixão é uma característica altamente valiosa (e rara).
A paixão garante que você trabalhará mais do que todos os outros, garante que você ficará até mais tarde na empresa quando necessário, dominará novas habilidades caso necessário. A paixão significa que você vai contagiar seus colegas de trabalho e inspirá-los a trazer suas melhores ideias para o dia a dia.
Se um potencial empregador observa a verdadeira paixão em você, isso vale muito.
Você ficaria surpreso com quantas “empresas de sucesso” desperdiçam toneladas de tempo, dinheiro e outros recursos porque estão preso(a)s aos “velhos modos” de fazer as coisas: velhas rotinas, sistemas antigos, velhas políticas que nem sequer fazem mais sentido.
Como um recém-chegado “inexperiente”, você pode descobrir algo que poderia (obviamente!) ser melhorado facilmente, ou você pode dizer algo que outros 100 funcionários tornaram-se cegos ou nunca se preocuparam em mencionar. Simplesmente, trazendo um novo par de olhos para a mesa, você está trazendo valor real.
Aprender novas tecnologias, compreender novas demandas do mercado… Como alguém que vive em 2015 a adaptabilidade deve estar em seu DNA.
Uma boa maneira de demonstrar a adaptabilidade é certificando-se de que você está up-to-date com novas práticas de mercado e também está aberto ao aprendizado das mesmas.
Ao contrário do que se poderia pensar, você tem sólidas habilidades reais “negociáveis” em um processo seletivo.
Vamos resgatar algumas experiências de sua vida nas quais você foi desafiada e superou cada oportunidade, aprendendo e crescendo pessoalmente e profissionalmente. Por exemplo: o Blog de moda que você criou quando estava no colegial? Esta oportunidade fortaleceu sua habilidade de escrita e comunicação. E o trabalho temporário que você teve como monitora de jovens no acampamento? Certamente contribuiu para desenvolver sua capacidade de falar com confiança na frente de uma plateia e atrair a atenção das pessoas distraídas (uma habilidade rara!).
Dê um passeio em seu passado e em seu currículo, resgatando os projetos em que seus olhos brilhavam, trabalhos voluntários, trabalhos remunerados e considere cada experiência em termos das habilidades do mundo real que você ganhou e não apenas o que o seu “título oficial no trabalho” passou a ser.
Por todas estas razões, e tantas mais, você tem muito a oferecer a sua empresa do sonho. Sim, mesmo que você seja relativamente “jovem” ou “inexperiente” em seu campo de atuação. A “experiência” não é tudo. Você tem muito a oferecer, aqui e agora. Vá atrás da posição que você quer. Talvez você consiga, talvez não, talvez você será considerada para um trabalho diferente em outra ocasião, talvez será oferecido algo melhor do que você mesma esperava! Não importa o resultado, nunca diga a si mesma, por um momento, que você “não é valiosa” ou “não tem nada a oferecer.”
Isto não é verdade, acredite!!
Um abraço e ótima semana