A maioria das pessoas em algum momento da sua vida fica em dúvida sobre suas escolhas profissionais.
No passado isso até podia acontecer, mas dificilmente as pessoas faziam algum movimento de mudança. O esperado era que encontrassem um bom trabalho e nele ficassem até a aposentadoria. Aí sim, podiam se dar ao luxo de fazer algo que gostassem e que deixaram de lado durante toda uma vida, principalmente se esse talento estava ligado a alguma profissão que não dava um bom retorno financeiro ou alguma estabilidade.
Nos últimos tempos este cenário vem se modificando e cada vez mais pessoas buscam satisfação no trabalho e se não estão contentes com a atividade que escolheram partem em busca de novos caminhos.
Atualmente as pessoas permanecem ativas durante mais tempo e a carreira profissional em geral não se encerra com a aposentadoria, portanto o quanto antes acertarem em suas escolhas mais tempo poderão usufruir de um trabalho gratificante.
Isso não quer dizer que essas decisões são fáceis de serem tomadas. Existe um custo emocional e financeiro nesse processo Na maioria das vezes a mudança implica em abrir mão de muitas conquistas e passar novamente por processos de adaptação, aprendizagem e até mesmo insegurança diante de novos desafios.
Largar o que já se tem como garantido e se lançar no desconhecido pode causar muita ansiedade.
Na bibliografia que aborda este tema encontramos alguns caminhos para fazer esta transição.
No caminho tradicional a recomendação é que você amplie seu autoconhecimento, para tomar decisões que estejam em sintonia com suas competências, valores e propósito de vida e que, a partir desta reflexão estabeleça um planejamento para realizar a mudança.
A questão que se coloca atualmente é que nem sempre esse caminho é o mais eficaz. Alguns autores, como Herminia Ibarra em “Identidade de Carreira”, vêm defendendo que ao invés de planejar e executar, o mais indicado seria executar e ao longo da execução testar suas motivações, competências e real interesse por uma carreira.
À medida que você entra em contato com a realidade de uma nova carreira, se envolve com as novas atividades e se relaciona com os profissionais que estão nesse caminho essas experiências provocam modificações na sua identidade e podem te levar a caminhos diferentes do que você havia imaginado anteriormente.
Frente a estas duas abordagens minha recomendação é que procure conhecer com profundidade as novas possibilidades de carreira. Converse com pessoas que estão nesse caminho, participe de eventos ligados ao tema, procure realizar atividades que testem suas competências e seu real interesse por essa carreira.
A partir destas experiências o caminho que você tomará vai depender do seu perfil e das suas circunstâncias de vida. Se você for uma pessoa que prefere situações mais estruturadas é possível que privilegie um planejamento claro e detalhado antes de tomar uma decisão.
Avalie também quais são as oportunidades e recursos que você tem para testar novos caminhos. O ideal seria poder se dedicar a isso por algum tempo através de um sabático por exemplo. Nem sempre isso é possível. Neste caso tente realizar atividades em paralelo com sua ocupação atual. Trabalhos voluntários que exijam competências similares às da carreira que você almeja podem ser uma opção.
O fato é, quanto mais próximo você estiver da nova carreira mais seguro você estará da sua escolha e quando você se der conta a transição estará ocorrendo de uma forma muito mais natural do que você imaginava.
Finalmente, acredite em você. Se você identificou sua área de interesse e está preparado para o desafio não tenha medo de correr riscos, eles fazem parte de qualquer mudança.
Abraços
Clarice Perrone
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