No dia 18/11/2015 a equipe da Questão de Coaching esteve presente no primeiro evento de Neuroliderança 2015, patrocinado pela Fellipelli Consultoria e sua parceira Neuroleadership Institute Brasil (NLI Brasil). Empresas responsáveis por trazer ao país com exclusividade o Dr. David Rock, diretor do Neuroleadership Institute, especialista em neurociência aplicada ao mundo das organizações.
Em formato de talk show, moderado pela fonoaudióloga Dra. Mara Behlau, foi explorado como a Neuroliderança pode ser integrada ás organizações, como pode influenciar a gestão do desempenho e a habilidade para acelerar a mudança.
O Dr. David Rock compartilhou inicialmente sua trajetória na busca de maneiras mais eficientes de fazer Coaching e como chegou neste modelo, fundamentado no funcionamento do cérebro e que maximiza a chance de ter insights durante o processo.
Alguns aprendizados:
Conceito de Neuroliderança – desenvolvimento de pessoas a partir do entendimento do funcionamento do cérebro.
Busca da similaridade – foco nas similaridades, no que é comum ao grupo, compartilhar metas.
Nós usamos 100% do nosso cérebro, cada milímetro do cérebro está sempre em movimento. O que acontece é que algumas regiões podem ser mais ativas que outras. O que temos de consciente no cérebro é que é pouco.
Importância da neurociência para a liderança – atenção plena em si mesmo e nas outras pessoas, prestar atenção no presente de uma forma aberta, melhores decisões do ponto de vista social.
Aprender a ter controle sobre o pensamento e escolher de forma consciente que rumo daremos a ele é um dos aprendizados que um processo de coaching pode oferecer ao cliente. Isso proporciona maior adaptabilidade, aprender a ativar o sistema de freio do cérebro, permite escolher que caminho de pensamento é mais produtivo desenvolver.
Ensinar os lideres a desenvolver a atenção plena, por meio da neurociência, permite que façam escolhas melhores.
Gestão de Performance – não utilizar rótulo ou classificações na avaliação de desempenho, abordagem conversacional. Revisitar as avaliações de desempenho retirando a rotulação por meio de classificações avaliativas e inserindo conversas guiadas, abertas e diálogos de feedback, pode gerar engajamento e motivação. Não é produtivo compactar uma ano de desempenho em um único número ou classificação.
Algumas etapas para fazer a mudança nas avaliações de desempenho:
1º Definir qual é o objetivo e filosofia em relação às pessoas e à organização.
2º Dar um novo nome ao processo.
3º Definir o que quer que este sistema incentive.
4º Definir a periodicidade das conversar guiadas.
Como melhorar a qualidade dos diálogos de feedback?
1º Minimizar a natureza estressante dessas conversas.
2º Implantar mentalidade de crescimento e melhora de desempenho e não de provar o que foi realizado. Focar no onde estou e onde quero chegar e como conseguir isso. Dirigindo a atenção para o espaço existente para desenvolvimento, reduzo o julgamento.
3º Facilitar insights por meio da conversa.
Viés inconsciente e sua influência na tomada de decisão – não é possível eliminar o viés, a tendenciosidade, mas é possível reduzir ao tomar decisões importantes. 5 categorias de viés: similaridade (o que é similar é melhor), rapidez (tendência a aceitar algo rapidamente por parecer correto) experiência (já fiz assim e deu certo), distância (que está longe é menos atrativo), segurança (foco em evitar o negativo).
Escala Eureka – escala para medir a força de um insight: 0 – nenhum insight; 1 – prestes a ter um insight, sentimento de que sabe mas não lembra; 2 – baixo – tem o insight mas esquece; 3 – médio – pensa por alguns minutos e permanece durante algum tempo; 4 – forte – consegue lembrar um mês depois, fica motivado a partir para a ação, pensa por muito tempo; 5 – intenso – muda a vida, nunca mais esquece
Como as pessoas mudam?
Lembrar de insights é um passo importante para mudar
Estar concentrado aumenta a probabilidade de lembrar e repetir o aprendizado.
Tentar fazer conexões de forma ativa ajuda a fixar mudanças e aprendizados.
Provocar a lembrança das ideias ativamente, fica mais fácil lembrar de aprendizados em que aja emoção envolvida.
Hábitos humanos – como as pessoas aprendem? Como mudam? Como se lembram das coisas?
Aprendizado social – gera conexões profundas e é mais efetivo que o aprendizado individual. Quando ouvimos outras pessoas, geramos conexões e isso ativa uma rede de memória diferente, que traz mais aprendizado.
Importância do insight – cria mais circuitos, libera emoções intensas, memória poderosa.
Começar na base: muitos conceitos do Dr. David Rock servem para a área educacional. Habituar os universitários a terem conversas significativas e que acompanhem seu desenvolvimento durante o curso todo é mais lógico e produtivo que aguardar a época de provas.
Veja abaixo vídeo com algumas imagens e depoimentos de profissionais que participaram do evento:
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