O mundo está tão complexo, temos acesso a tantas informações que se abre o espaço para a facilitação do processo de aprendizagem em grupo. A co-criação do conhecimento proporcionada pelo processo de trabalho em grupo e pela facilitação tem um impacto na geração de autonomia e apropriação da capacidade de produzir resultados.
Para começar vamos a algumas definições!
De acordo com o dicionário Houaiss da língua portuguesa:
Facilitação:
• Ação ou efeito de facilitar.
Facilitar:
• Tornar ou fazer fácil, ou exequível;
• Prontificar-se, prestar-se, dispor-se;
• Por a disposição; facultar.
Facilitador:
• Que ou o que facilita.
O objetivo da facilitação é oferecer mecanismos e metodologias que ofereçam suporte para que todos os participantes de um grupo contribuam com o que possuem de melhor para que os objetivos sejam alcançados. A facilitação procura despertar atitudes favoráveis ao aprendizado como: criatividade, compartilhamento, “empoderamento” e iniciativa.
O sucesso de um processo de facilitação depende de três aspectos:
Cada um desses fatores é fundamental para que o grupo funcione por meio do processo de facilitação.
O facilitador de grupos tem o papel de assistente metodológico. Sua experiência em trabalhos com grupos é disponibilizada para criar um ambiente propicio à expressão espontânea de ideias, comunicação fluida e cooperação.
A qualidade de um facilitador está diretamente relacionada com a sua visão de mundo em relação ao aprendizado e ao potencial do ser humano. Acreditar que o ser humano possui todos os recursos de que necessita para crescer e aprender e portanto, possui muitas respostas dentro dele mesmo, faz muita diferença na forma de se posicionar frente a um grupo. Diferente do professor o facilitador não tem a responsabilidade de transmitir conteúdos sobre um assunto e sim atuar como incentivador, provocador, mediador e organizador – é até recomendável que ele mantenha alguma neutralidade diante dos conteúdos, para poder incentivar que o próprio grupo co-crie o conhecimento. Existe uma sabedoria no grupo e ela precisa ser respeitada
Nada é mais perigoso que falar e ter razão. É preciso idolatrar o silêncio e a dúvida.”
Todorov
É relevante que o perfil do facilitador inclua características como: flexibilidade (para lidar com as diferentes personalidades dos participantes), capacidade para ouvir (entender, aceitar as contribuições e ajudar a estabelecer conexões), firmeza (para manter o grupo na trilha do objetivo), percepção aguçada (para identificar a evolução e movimentos do grupo e fazer intervenções, quando necessário) e entusiasmo (para elevar a energia, motivação e clima favorável ao aprendizado).
A atuação do facilitador no grupo pode incluir alguns tipos de intervenções:
Por outro lado, alguns comportamentos do facilitador podem ter impacto negativo nesse tipo de ambiente de aprendizagem:
O facilitador atua dentro de um conceito construtivista, em que apoia o grupo na percepção dos elementos que constroem o movimento do grupo e permeiam a situação em foco de maneira investigativa. Muito diferente de ser aquele que acumula o saber, o facilitador colabora para que o saber do grupo emerja e possa apoiar a evolução rumo aos objetivos.
Para concluir o processo de facilitação se apoia na crença de que a força do grupo produz resultados significativos em termos de aprendizagem e “empodera” os participantes.
Yara Leal de Carvalho
https://www.facebook.com/questaodecoaching
Gostei muito do post. Parabéns! Corremos grandes riscos de impactar negativamente e é preciso sempre estar atento.
Olá Zora, que bom que gostou. É verdade nossa atenção quanto ao impacto que temos no grupo, pode nos ajudar a manter o enfoque no respeito e incentivo para a autonomia. Assim todos crescem, inclusive, nós facilitadores! Abraços e continue conosco!