Experiência pessoal: oportunidades de um Re-Começo!
Passo 1: A procura de um Coach
Após organizar a vida pessoal (durou um ano esta fase) em um novo pais, foi a vez da vida profissional. O que eu poderia fazer para continuar minhas atividades profissionais, como e por onde buscar um novo caminho dentro do que eu já poderia contribuir? O que eu poderia aprender e agregar à minha experiência? Haviam tantas possibilidades que confesso ter ficado um pouco perdida. E fui buscar um processo de coaching para me “resgatar” profissionalmente em um novo contexto. Foi interessante a procura, pois não tinha qualquer referência de profissionais na Bélgica. Pensei então que o primeiro lugar seria aquele em que eu sou afiliada, a ICF (Federação Internacional de Coaching). Entrei no site, procurei a lista de coaches e olhei os respectivos perfis. Mas qual viés quero abordar? A escolha não foi simples, mas consegui achar um profissional com o qual me identifiquei considerando o perfil descrito e foto.
Marcamos nossa primeira reunião. Tudo foi muito diferente. Aqui, a maioria das pessoas tem o escritório em sua própria residência e este foi o caso. Não havia recepcionista ou secretaria, o coach também exercia todos estes papeis e funções… com ele marquei a sessão, recebi orientações sobre o estacionamento, atendimento a campainha do prédio e recepção na porta do elevador. Fomos à uma sala que era utilizada como escritório. Outra questão importante era o idioma. Eu não falava francês ou neerlandês, então deveria ser alguém que falasse inglês. Ainda explorando a questão do idioma, eu nunca havia feito uma sessão de coaching em inglês embora me sinta confortável em falar e compreender esta língua. Foi uma aventura, mas entre desafios e achados posso dizer que foi muito bacana esta experiência. Realizamos um brainstorming e visualizei os caminhos possíveis para explorar e depois os priorizei. O plano foi feito e ao sair de lá e amadurecer o que havia definido, segui para a execução.
Passo 2: A execução
Começar não é fácil, demanda energia, dedicação e foco mas eu queria muito aproveitar a oportunidade desta vivencia internacional para ter uma experiência profissional também. Analisando o plano desenhado, comecei a trabalhar cada iniciativa e as possibilidades de caminhos. A principal palavra para esta fase foi CONEXÃO. Pensar em minha rede de contatos, mesmo no Brasil que de alguma forma pudesse me conectar na Bélgica. Por exemplo: Quando morava no Brasil, prestava serviços para uma consultoria global americana e logo verifiquei se havia algum escritório em Bruxelas e… Voilá, havia sim e solicitei à filial brasileira uma ponte com a filial belga. Foi uma ótima oportunidade de conexão. Consegui minha primeira reunião e me lembro de minha felicidade quando agendamos uma data. Logo no primeiro e-mail recebido, a empresa na Bélgica sinalizou que os projetos desenvolvidos eram em neerlandês e/ou francês e apenas 5% poderia ser em inglês, mas mesmo assim segui em frente com esta oportunidade. Como foi bom ter feito este encontro e abrir portas. Naquele momento realmente não havia uma oportunidade concreta de trabalho, mas após um ano surgiu um projeto com uma empresa americana e pude participar, aprender e contribuir.
Passo 3: Mapeando Mercado
Além desta conexão, outra ação apontada em meu primeiro brainstorming, foi procurar pontes entre meus contatos pessoais e possíveis conexões que eles teriam em relação à minha área de interesse. Através desta iniciativa, conheci e conversei com profissionais de RH e Coaches de todos os tipos de formação. Captei diversas informações sobre o mercado de coaching na Bélgica e na Europa de uma forma geral, pois neste país há pessoas de diversas nacionalidades e linhas de trabalho. Fiquei um pouco confusa no momento mas aos poucos fui seguindo por um caminho e achando os meus próprios passos.
Um dos resultados destas conversas foi procurar uma certificação local para conhecer pessoas do mercado e entender a fundo sobre como o Coaching é visto e praticado por aqui. Na realidade o processo de Coaching é igual em todos os lugares, principalmente quando você segue uma federação global, mas o que muda e é interessante de estudar e praticar é a cultura local frente a esta ferramenta, não apenas os belgas mas os europeus em si. Esta visão agregou valor à minha vivencia e trouxe um novo brilho à minha perspectiva profissional. Certamente esta certificação me ajudou a entender mais o mercado e ter clareza sobre alguns pontos, além de novos olhares e possibilidades.
Acredito que a conexão é a chave para abrir portas e aventurar-se em novos territórios, sem medo e com vontade encontrar o que busca. Os desafios apareceram mas eram sempre encarados como oportunidades para aprender e ter uma nova perspectiva em relação à determinada situação. Esta conexão pode estar na mãe de um colega da escola de seu filho, no amigo de sua vizinha, no amigo de sua amiga que vive em seu pais de origem mas conhece alguém no pais em que você reside no momento… realmente são muitas possibilidades para encontrar estes pontos e começar a liga-los.
E você, já sabe quais são os pontos que você poderia ligar em seus desafios? Quais pontes você poderia construir para caminhar em direção aos seus objetivos?
Desejo uma ótima semana e até breve,
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