Comunicação é vida!

COMUNICAÇÃO – Tornar comum, trocar opiniões, fazer saber; implica interação, troca de mensagens. É um processo de participação de experiências que modifica experiências e a disposição mental das partes envolvidas.

(BOSCO, J. B. Redação Empresarial. São Paulo: Atlas, 1998)

Comunicar-se é viver – desde o momento que acordamos começamos a nos comunicar e fazemos isso até ir dormir. O processo de comunicação é vital para que a vida evolua e para que alcancemos nossos objetivos.

O processo de comunicação

O processo de comunicação envolve cinco elementos principais e que se relacionam de forma dinâmica:

• O emissor – quem transmite a mensagem;
• O receptor – é o destinatário da mensagem;
• O canal – é o meio através do qual a mensagem é transmitida;
• A mensagem – é o conteúdo da comunicação;
• O feedback – é a reação que é transmitida em resposta à mensagem inicial.

A inter-relação desses cinco elementos é que garante um bom processo de comunicação. Ao decidir o que vamos comunicar, que canal vamos usar, devemos levar em consideração quem é o nosso receptor , qual sua bagagem, crenças e expectativas.  Além disso, durante o processo de comunicação devemos estar atentos às reações do receptor (feedback) para fazer os ajustes necessários e garantir a fluidez da comunicação.

Outros fatores podem afetar a recepção da mensagem: são os chamados ruídos na comunicação. Segundo Gessner (2007), ruído é uma perturbação indesejável em qualquer processo de comunicação que pode provocar danos ou desvios na mensagem.

Abaixo alguns exemplos de ruídos na comunicação:

• Ambiente Inadequado – local barulhento, muitas pessoas circulando, temperatura ambiente muito fria ou quente, acomodações desconfortáveis, tudo isso pode distrair a atenção do receptor;
• Momento escolhido para transmitir a mensagem – o receptor está visivelmente nervoso ou muito ocupado, a plateia está impaciente e precisando de intervalo;
• Linguagem ou canal inadequados – uso de termos técnicos ou palavras em idioma desconhecido pelo receptor. Transmitir uma mensagem muito importante por telefone;
• Exposição descuidada – Falar de assuntos para os quais não se preparou, qualidade dos recursos utilizados, aparência ao trajar-se.

Pesquisas revelam que um norte-americano típico investe por volta de 70% do seu tempo útil ouvindo, falando, lendo e escrevendo, nessa ordem.  Isto quer dizer que se emprega em torno de 11 horas por dia em comportamentos de comunicação. (Fonte: BEKIN S. F. Conversando sobre Endomarketing. São Paulo: Makron, 1995).

O bom comunicador consegue equilibrar bem todos os fatores envolvidos, evitar e prevenir o surgimento de ruídos no processo de comunicação e buscar feedback, fazendo os ajustes necessários.

Novas abordagem na comunicação

Independente do processo de comunicação descrito acima outros aspectos podem ser levados em consideração para que tenhamos uma comunicação que realmente atenda às necessidades humanas. Mais recentemente outras abordagens vêm sendo desenvolvidas para contribuir com relações mais abertas e que nos ajudem a alcançar nossos objetivos.

Comunicação Assertiva

Assertividade é a habilidade de expressar seus sentimentos, opiniões e desejos de maneira direta, honesta e apropriada a uma determinada situação, ou seja, é a virtude de comunicar-se com equilíbrio emocional, dizendo o que tem que ser dito sem agressividade ou omissão.  Quem é assertivo sabe dizer não e sim com a mesma habilidade, sentindo-se tranquilo de estar sendo fiel às suas convicções e ao mesmo tempo respeitando o seu interlocutor.  O comportamento assertivo é o que torna a pessoa capaz de agir em seu próprio interesse, a se afirmar sem ansiedade indevida e exercitar seus próprios direitos sem negar os alheios.

Desenvolver a assertividade vai ampliar sua capacidade para lidar com confrontos e com situações de desarmonia, uma vez que já tem consciência de que deve defender seus direitos sem com isso menosprezar os dos outros. Assim agirá com habilidade e tato, respeitando o estilo de seu interlocutor, mas não sucumbindo a manipulações.

Comunicar-se com assertividade requer uma escolha consciente para se comunicar efetivamente e de maneira flexível.

Comunicação Não-Violenta

A CNV permite que expressemos aquilo que temos de melhor em nós e que possibilitemos que o amor, o respeito, a compaixão e a gratidão se mostrem em nossa comunicação. Isso contribui para que nossa relação com os outros se modifique, pois passamos a nos expressar e ouvir os demais de forma mais consciente e firmemente baseados no que percebemos, sentimos e precisamos.

Com o primeiro componente da CNV, aprendemos a diminuir o hábito de julgar e avaliar, ou pelo menos deixar esse comportamento não assumir o controle de nossas relações. Se frente a situações difíceis nos relacionamentos priorizarmos a observação do que está acontecendo ao invés de julgarmos, termos mais chance de estabelecer conexão.

Já o segundo componente da CNV nos direciona a dar atenção aos nossos sentimentos, coisa para a qual não fomos educados. Identificar o que sentimentos em cada situação, nos ajuda a compreender melhor nosso mundo interior, para que possamos lidar melhor conosco e com as pessoas ao nosso redor.

Nossos sentimentos são reflexo de nossas necessidades atendidas ou não. Sentimentos positivos têm, por trás, necessidades atendidas e sentimentos negativos, o contrário. Identificar nossas necessidades é o terceiro componente da CNV que contribui para que tenhamos uma vida mais plena daquilo que precisamos.

Quando a frustração toma conta e já observamos os fatos, e identificamos nossos sentimentos e necessidades, uma boa iniciativa é pedir o que precisamos. Fazer pedidos é o quarto componente da CNV.

A habilidade de se comunicar bem é algo que podemos aprimorar praticando, observando bons comunicadores, solicitando feedback ou escutando com tanto afinco quanto empregamos ao falar. Portanto podemos evoluir em nosso processo de nos comunicar e caminhar em direção a maestria.

Abraços e sucesso na sua evolução como comunicador!