Começamos o processo de Coaching Executivo com um objetivo e aos poucos este objetivo foi se desdobrando e nascendo novos horizontes e possibilidades de atingi-lo. Olhando para trás, podemos identificar tantas descobertas externas (em relação às novas possibilidades) como internas (acordando competências que já faziam parte dele, mas ainda adormecidas ou utilizada de forma localizada). Reunião após reunião, seu propósito de liderança era cada vez mais provocado, desafiado e provado em sua realidade profissional. Emergia aos poucos um líder mais influente. A clareza de seu sentido no papel exercido dentro da organização se tornava mais nítida e a vontade de compartilhar e contagiar sua equipe ampliava a cada encontro. Estudou, se aprofundou, buscou materiais, eram horas debruçado em literaturas sobre o tema liderança e após a leitura, o exercício de como aplica-la em seu dia a dia com a equipe. Como tornar o grupo, em time? Como criar a confiança e coesão entre eles? Como mostrar sentido a cada colaborador no objetivo daquela unidade de negócio? Como demonstrar a importância daquela parte dentro do grande contexto da empresa? A Liderança já estava dentro dele, já a praticava de forma intensa voltada aos resultados, mas agora lhe fazia sentido a inspiração da equipe para que os resultados atingidos fossem sustentáveis e para que cada parte percebesse a sua importância. Queria ir além das fronteiras de uma área de negócios, queria tocar as pessoas, demonstrar seu valor e que elas tivessem esta percepção de si mesmas.
Impacto além da fronteira
Contagiar as pessoas e transcender as fronteiras da área de negócio estava em suas palavras, seu olhar, em sua linguagem corporal. Havia um grande alinhamento entre a ação e emoção, entre o que dizia e como estas palavras refletiam em seu gestual. Estava congruente! Mesmo nos relacionando de forma virtual, online, eu podia sentir do outro lado do oceano sua energia de vencer e ser disruptivo, como me dizia. Ser disruptivo era procurar pelas melhores soluções, formas de melhorar os processos, as relações e o negócio como um todo. Era ter coragem de se olhar no espelho (ajustar-se caso necessário) e seguir em frente com seu propósito de liderança… que após nossas reuniões tornava-se cada vez mais claro e, consequentemente, forte.
Era um movimento de dentro para fora. Tinha prazer em se desafiar e ser disruptivo consigo mesmo… abrir as fronteiras do que o impedia de ir além do que já havia conquistado (e não era pouco). Olhar para si, aumentar a abrangência de sua luz interna para que contagiasse quem estava ao seu entorno. Um trabalho de liderança intrínseca, consequentemente de seu ambiente.
Impactos no coach
Como coach é muito gratificante acompanhar o florescer do coachee. Viver suas descobertas, ter a oportunidade de compartilhar os desafios e conquistas, oferecer questionamentos que tragam novas perspectivas. Além da parceria, também ir em busca de materiais que atendam as necessidades do cliente, que o impulsionem aos seus objetivos. É movimento, é troca, é energia evolutiva, construtiva.
Liderança e Motivação
Considerando liderança e motivação como dois assuntos tão entrelaçados, é possível concluir que guardam uma ligação de parentesco forte entre si, a ponto de serem considerados como sinônimos em alguns contextos. A descoberta da liderança e motivação internas são fundamentais para influenciar uma equipe, pois antes de trabalhar com eles, você trabalhará consigo mesmo, trazendo sentido a si e em consequencia à equipe.
Assim, a figura do líder toma novo aspecto, como propõe o acadêmico Barry Z. Posner: “A eficácia do líder repousa na sua habilidade de tornar uma atividade significativa para aqueles que estão nesse conjunto de papéis – não é mudar comportamentos, mas dar aos outros o senso de compreensão daquilo que estão fazendo e especialmente articulá-los para que possam comunicar- se sobre o sentido do comportamento deles (…). Essa dupla capacidade, dar sentido às coisas e colocá-las em linguagem significativa para um grande número de pessoas, dá ao líder enorme alatancagem. Para administrar o sentido que as pessoas dão ao trabalho que fazem, é necessário conhecer como valorizam suas necessidades motivacionais.”
Após entrar em contato com sua liderança interna, suas reais motivações e sentindos dentro do contexto organizacional é hora de semear e compartilhar com sua equipe os aprendizados e possibilidades de construirem juntos um novo ambiente com foco no resultado importante para a empresa, mas mais do que isto, cada um perceber a sua relevância para chegar nesta consequencia. Cada peça do “quebra-cabeça” é fundamental para que ele seja completo e mostre a imagem e história que nos quer contar ou que queremos entender.
Um abraço e boa semana,
* post inspirado em um processo de coaching conduzido por Ticiana Tucci
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