Tenho recebido solicitações para apoiar pessoas que querem viver uma experiência internacional. Como realizei este movimento há 4 anos, somos (nossa família) vistos como uma fonte de inspiração para alguns profissionais. Tudo pode ter parecido fácil, prático e tranquilo, mas o trabalho de bastidores é enorme. É necessário planejamento e trabalho em equipe com seu parceiro (caso você queira realizar esta mudança em companhia). Se você realmente tem esta vontade e sonho, vá em busca deles. É possível, basta colocar este objetivo em seus planos e realizar ações que convertam para que ele se realize.
Posso realizar este serviço com foco na mentoria e orientação da carreira, aplicando algumas técnicas de coaching para apoiar o cliente. Realizo com muito gosto, pois vivi a mudança física e ainda vivo a mudança de uma novidade a cada momento. Uma grande oportunidade de crescimento pessoal e profissional.
O investimento de energia é enorme, mas se você tem este desejo, vale a pena. Hoje, vou compartilhar um pouco de minha experiência com você.
Sobre Nós e nossos contextos profissionais!
Eu e meu marido somos brasileiros e ambos tínhamos vontade de ter uma experiência internacional. Além de nos beneficiarmos com esta oportunidade também pensávamos em nossos filhos.. em aprenderem um novo idioma, viverem em um contexto diferente do habitual, conhecerem pessoas e culturas diferentes e conhecerem um pouco mais do mundo (de uma forma prática). Trabalhei durante um bom tempo de minha vida profissional em uma multinacional americana e haviam alguns programas de rotação internacional. Eles sempre me chamaram à atenção e pensava que poderia ser algo muito bom para minha vida. O meu marido também sempre esteve em um contexto internacional pelas empresas que trabalhou e tinha a mesma vontade. Este assunto sempre estava presente em nossas conversas e ficávamos “matutando” como seria a melhor forma de colocarmos em prática esta vontade. Depois de minha segunda gravidez eu acabei saindo do contexto corporativo e assumi uma carreira independente, como Coach Profissional para pessoas físicas e jurídicas, realizei minha primeira certificação na área, mas meu marido continuava no contexto corporativo em uma multinacional. Como independente/autônoma, eu conseguia continuar trabalhando e acompanhando a vida de meus filhos. Olhando para nós dois, aquele que poderia ter a maior chance de ter uma experiência no exterior seria ele, então investimos na carreira dele, apostando nas oportunidades de interação internacional como cursos, aprimoramento de idiomas (na prática e na teoria, através de aulas), ampliação da rede de contatos (networking) dele com colegas que estavam no exterior e eu, com as esposas de seus colegas, os expatriados estrangeiros que viviam no Brasil naquela época.
Curiosidade: A Pesquisa Informal Exploratória
Desde aquele momento já fazia pesquisas informais de como era morar fora do pais de origem, o impacto nas crianças, a melhor idade para fazer uma mudança deste porte com as mesmas, a escolha da escola, o novo idioma, a nova cultura, novas amizades, a escolha da casa, oportunidades de trabalho quando acompanhavam o marido, o convívio com os familiares que ficavam, etc. Tantas perguntas e aos poucos ia montando o quebra cabeça da expatriação e pensando se, de fato, aquela realidade era para nós. Conheci brasileiras que estavam radicadas nos Estados Unidos e vieram como expatriadas para o Brasil, uma família turca, duas famílias alemãs, uma família suíça, austríaca… e observava a realidade em que viviam. Eu, de certa forma, estava vivendo pela primeira vez um pouco da realidade delas, pois havia mudado para o sul do Brasil e vivia com este entrono internacional. Vivemos um pouco mais de 2 anos em Curitiba e meu marido trocou de emprego, o que nos trouxe de volta à São Paulo, mas com uma possibilidade de uma oportunidade internacional um pouco mais concreta. Foi algo que, logo de início nas entrevistas que enfrentou durante o processo seletivo para a nova organização, claramente falava sobre esta motivação.
Observações importantes e práticas!
Vou parar um pouco por aqui para algumas observações: após você realizar que quer ter uma experiência internacional, além de começar suas pesquisas e exploração do tema, é importante que comece a falar sobre o mesmo e se movimentar em direção à ele, ou seja, a partir do momento que queríamos morar fora, começamos a procurar oportunidades que já nos dariam um pouco deste gostinho. Conforme você vive estas experiências parece que tudo começa a se converter para o seu desejo.. sabe quando a gente quer muito uma coisa e “de repente” só consegue ver esta coisa em nossa frente? É disto que estou falando!
Outro ponto importante foi a mudança que fizemos dentro do Brasil mesmo, indo de São Paulo à Curitiba. Olhando para trás, posso dizer que este foi um “piloto” para a grande mudança que realizamos em 2015. Embora as duas cidades pertencessem ao Brasil, haviam muitas diferenças culturais. Posso dizer que as únicas variáveis que não mudaram foram o idioma e a comida, fora isto, tudo mudou: o clima, a cultura, as pessoas e seus valores, a forma como viviam em sociedade, novos amigos, médicos, restaurantes, supermercados, o convívio com a família estendida, etc.
Outro ponto importante, que vale ressaltar é que decidimos fazer uma mudança internacional por meio da empresa, ou seja, queríamos ter a experiência mas que ela tivesse um respaldo de uma organização para a qual trabalhávamos. Este era um ponto importante em nossa decisão. Mas este não é o único caminho! Você pode morar fora para estudar, procurando uma vaga de emprego diretamente no destino que almeja viver, investindo, montando o seu próprio negócio e por ai vai… Existem muitos caminhos que falarei em futuros posts.
Voltando à nossa história, meu marido iniciou um novo trabalho em uma multinacional americana e, como mencionei anteriormente, deixou claro desde o início o desejo da família em se mudar e viver no exterior. Aqui é importante ressaltar que é muito importante o alinhamento dentro da própria família para que não sejam “pegos de surpresa” quando um convite surgir. A conversa sobre o tema e as expectativas das partes devem ser conversadas e estarem às claras.
Além do alinhamento familiar, havia também um alinhamento com o gestor direto que o apoiaria em médio prazo para que o movimento acontecesse. Aos poucos, ano após ano, oportunidades surgiam que reforçavam a importância dele assumir uma posição em uma nova região da Companhia para o próprio desenvolvimento dele e prosperidade do negócio que era responsável. Até que, após altos e baixos, desafios e conquistas, o convite para ele participar do processo seletivo interno para uma vaga responsável por uma nova região surgiu e o local de trabalho seria Bruxelas/Bélgica. Lembro-me de nossa felicidade pelo reconhecimento. Foram 4 anos e meio para que a oportunidade surgisse. Era julho de 2014 quando soubemos da notícia e desde então iniciamos nossa preparação para a mudança que ocorreria dali 6 meses.
Em meu próximo post escreverei sobre a preparação!
A motivação para compartilhar minha experiência hoje é que tenho sido procurada para oferecer orientação à pessoas que também almejam realizar este movimento e acabo realizando um processo de mentoria e coaching com este foco, explorando as possibilidades e aquilo que tem alinhamento com o perfil, motivação e metas do cliente. Conhecer-se é o primeiro passo para saber se você tem aderência a este tipo de experiência e, em caso afirmativo, juntos podemos trilhar os caminhos que podem levar você a atingir este sonho!
Tem interesse pelo tema?
Que tal agendarmos uma conversa e verificar se posso te ajudar?
Escreva para mim: ticiana@questaodecoaching.com.br
Um abraço e ótima semana,
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