Nossa visão de mundo e as mudanças
Levando-se em conta que as mudanças são inevitáveis é favorável a nós que aceitemos essa realidade e não lutemos mais contra elas.
Um dos princípios da Programação Neurolinguística é, O Mapa não é o Território. Na Geografia, o mapa é a representação de um território e não o território em si. Fazendo uma analogia com a nossa visão do mundo, há uma diferença incontestável entre a realidade (realidade objetiva) e a experiência de realidade (realidade subjetiva). Cada um, cria uma representação do mundo em que vive e apresenta comportamentos mediante esse modelo. A nossa visão da realidade, não é necessariamente verdadeira, ou seja, não é o território e sim uma representação dele – um mapa.
Levando-se em conta que a realidade muda a todo o momento, nós precisamos acompanhar isso e ir atualizando nosso mapa, ou seja a nossa interpretação do mundo. Reconhecer que as mudanças estão acontecendo e desenvolver estratégias de adaptação e aceitação é mais saudável do que procurar ignorá-las ou ir contra elas.
Escolher uma visão positiva para as mudanças, pode oferecer uma oportunidade de crescimento e ampliar a sua perspectiva do mundo.
Modelo dos Níveis Lógicos da PNL
Robert Dilts um dos pesquisadores e criadores da Programação Neurolinguística, organizou e desenvolveu o modelo dos Níveis Lógicos com base no trabalho do antropólogo Gregory Bateson.
O modelo é composto de 6 níveis, todos eles estão interconectados e causam impacto nos demais:
Fatores ambientais – determinam dos aspectos externos do ambiente.
Comportamentos – são as ações especificas realizadas no ambiente
Capacidades – refere-se as competências e conhecimentos.
Crenças e valores – sustentam, dão motivação e permissão para apoiar as capacidades.
Identidade – determina o nosso senso de independências e propósito. Modelam nossas crenças e valores.
Espiritual – vai além da autoconsciência, sentido de pertencer a algo maior.
Os níveis lógicos estão relacionados a algumas perguntas que podemos nos fazer para entender um processo de mudança.
Vejam abaixo:
Fazendo as perguntas certas
Quanto estamos frente a uma mudança e começamos a pensar sobre ela, fazer perguntas nos diferentes níveis, pode nos apoiar a ter uma visão mais ampla sobre os fatores envolvidos e contribuir para definir como avançar.
Conforme a imagem acima, as perguntas para cada nível, são:
Ambiente – Onde, Quando e Com Quem?
Comportamento – O quê?
Capacidades – Como?
Crenças e valores – Por quê?
Identidade: Quem?
Espiritual: Para Quê e Para Quem?
Tipos de mudanças
Mudança Evolutiva – se dá nos níveis de identidade e espiritual (mudar quem eu sou e a forma como contribuo para o mundo)
Mudança Gerativa – se dá nos níveis de crenças e capacidades (mudar minhas motivações, direção e potencial)
Mudança remediativa – se dá nos níveis de comportamento e ambiente (mudanças na forma de agir, reagir e nos componentes externos)
Cada situação da vida sobre a qual queremos provocar mudanças pode envolver um ou mais níveis em que precisamos mexer.
Como usar o modelo para implementar mudanças
É mais fácil iniciar as mudanças pelos níveis mais baixos, que são mais concretos.
Mudar algo nos níveis mais baixos não necessariamente afeta os níveis acima, mas mudar os níveis mais elevados com certeza afetará os níveis a baixo, provocando um efeito cascata.
Exemplo: Seria mais fácil pintar a parede e mudar os móveis da sala de sua equipe na empresa, do que mudar o comportamento e capacidades dos funcionários. Contudo caso provoque mudanças nas crenças e capacidades dos funcionários, muito provavelmente eles possam querer um ambiente externo diferente.
O primeiro passo é reconhecer que é preciso mudar e que os níveis lógicos não estão alinhados – sabemos que isso está acontecendo quando nos sentimos desconfortáveis e almejamos que as coisas sejam diferentes.
Num segundo passo, precisamos descobrir em que nível a mudança precisa acontecer. Para descobrir isso faça-se as perguntar referentes a cada um dos níveis lógicos.
Vamos usar um exemplo para que tudo fique mais claro:
Vamos conhecer João um profissional da área de Tecnologia da Informação que trabalha há bastante tempo em uma empresa familiar, onde pode implantar muitas melhorias tecnológicas, mas que ultimamente vem se sentindo desanimado e com uma sensação de desconforto.
João poderia se fazer as seguintes perguntas:
Nível do ambiente:
Em que tipo de ambiente eu trabalho melhor?
Que tipo de pessoas eu gosto de ter ao meu redor?
Em que esquema de trabalho me sinto melhor trabalhando?
Que tipos de novos lugares deveria explorar?
Nível do Comportamento
Meus comportamentos sustentam meus objetivos?
O que eu faço que torna esse trabalho interessante?
O que me pego dizendo com frequência? Detecto algum padrão?
Quais tem sido meus pensamentos mais frequentes?
Como meu comportamento tem mudado?
Nível capacidades
Quais são as competências que tenho usado no trabalho?
Tenho todas as habilidades de que preciso para fazer o que quero?
Estou pronto para enfrentar novos desafios?
O que preciso aprender?
Nível de Crenças e Valores
Por que faço o que faço, profissionalmente?
O que acredito que é certo ou errado nesse trabalho?
O que precisa acontecer para continuar a fazer esse trabalho?
Do que não abro mão?
Nível de identidade
Que tipo de pessoa eu sou?
Como me descrevo profissionalmente?
Como as outras pessoas me descreveriam?
Quais são minhas forças pessoais?
Nível Espiritual
Por que razão estou aqui?
Que contribuição gostaria de fazer para o mundo?
Como gostaria de ser lembrado?
Quem mais além de mim, gostaria de beneficiar? (ACHEI SEM SENTIDO)
Após responder todas essas perguntas provavelmente fique claro em que nível ou níveis João precisa fazer mudanças para sentir-se alinhado e feliz.
Implementando mudanças
Para colocar mudanças em curso precisamos dos recursos certos, que são os meios que ajudam a implementação das ações necessárias. Podem ser coisas externas, como pessoas e equipamentos ou coisas internas como seu próprio potencial. Sempre podemos conseguir os recursos necessários para realizar o que desejamos e segundo esse modelo precisamos buscar os recursos do nível acima ao nível da mudança que vamos colocar em prática.
Exemplos: se vou mudar algo no ambiente externo preciso de recursos no nível do comportamento. Já se quero mudar meu comportamento, preciso buscar recursos no nível das capacidades. Ou seja, se quero dançar e arrasar dançando valsa (comportamento), preciso desenvolver a capacidade para isso.
Conclusão
Para mudar precisamos atender a três requisitos básicos:
O modelo dos Níveis Lógicos pode contribuir para que você atenda aos requisitos 2 e 3.
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