Abundância de perguntas e escassez de respostas… Será que precisamos nos ater mais às perguntas para que surjam mais respostas aos nossos questionamentos?
Leio e ouço muitos comentários de profissionais que dizem que o RH precisa engajar mais as pessoas ao negócio das Empresas. Como Administradora de Empresas, faço uma analogia com a pirâmide de Maslow e noto que nos últimos tempos, a pirâmide da área de RH está invertida e suas necessidades também.
Partindo deste princípio, noto que as antigas necessidades (prover benefícios, ter uma área de remuneração estruturada e desenvolver um plano de carreira), já não satisfazem mais, ou ao menos, não se encontram no topo da pirâmide. Na minha visão, hoje esta pirâmide está invertida, mostrando-me que os tópicos citados acima já estão sendo satisfeitos pelas Organizações (ou pelo menos, a maioria delas) e no alto, encontra-se a necessidade de um RH com maior conectividade das pessoas com o negócio.
Se atualmente o RH busca se comprometer com o desempenho do negócio da Organização, deverá voltar-se para este objetivo e colocar essa necessidade na pauta e com reflexo em suas ações. A partir daí é preciso utilizar um brainstorm de questionamentos para alavancar respostas que mostrem o ponto de partida na busca de soluções: De que forma a área de RH pode contribuir com o resultado primordial da empresa? O que preciso saber sobre a atividade principal da empresa? Que características fundamentais tem essa Organização e o que a diferencia das demais na sua área de atuação? Qual a grande vantagem competitiva deste negócio? Qual o propósito que leva as pessoas a trabalharem nesta Empresa? Qual o significado que o trabalho tem para elas? Que modelo de desenvolvimento devo prover aos meus funcionários para que tragam mais resultado para o negócio da Empresa? Quais são as competências que preciso buscar num profissional para que ele contribua com a nossa meta de resultado?
Tudo isso parece complexo quando é preciso pensar em trazer a realidade externa para o que se faz internamente, implementar ações que tornem o RH conhecedor do assunto e formador de opinião nas reuniões estratégicas da Empresa, além de contribuir com processos que levem ao resultado que a Empresa espera alcançar.
Para atingir o topo da pirâmide invertida, é fundamental fazer investimentos nas práticas que contribuirão para o resultado do negócio, que poderão se concretizar através de contratações de profissionais específicos, treinamentos em pessoas capacitadas para agregar valor ao negócio, ou utilização de softwares melhor desenhados para o resultado. Por último, encontrar uma definição métrica para acompanhar o sucesso.
Ao abrirmos o leque de possibilidades, através de questionamentos, fica mais claro o caminho a trilhar e novos insights surgem para contribuir com o negócio primordial da Empresa. Ver o RH mais engajado com o resultado e com pessoas movidas pelo mesmo propósito aguça a vontade de ser cada vez mais participativo e dá significado ao trabalho. A partir daí, é só abundância!!
Abraços,
Liana