A pergunta que muitas empresas estão se fazendo é: como reter talentos frente a um quadro de disponibilidade de emprego e escassez de mãos de obra qualificada, realidade que o Brasil vem vivendo há alguns anos. As organizações que fizeram sua lição de casa, desenvolvendo seus gestores no quesito liderança, trabalhando seu clima interno e implantando políticas salariais e de benefícios atrativas, possuem mais poder de fogo para lidar com o assédio da concorrência a seus funcionários mais importantes. Se a empresa quer manter seus talentos deve desenvolver estratégias para isso e as que começaram antes, levam vantagem.
Uma pesquisa realizada pela consultoria Deloitte aponta que 71% dos executivos seniores de grandes corporações globais se sentem “preocupados” ou “muito preocupados” em manter seus funcionários nos próximos 12 meses e isso se manterá nesse patamar até 2016.
É fundamental saber quem reter. Será que vale a pena manter um funcionário desmotivado, lhe fazendo uma contraproposta financeira quando ele manifesta a vontade de sair? Nesse caso é melhor ele ir embora. O esforço da área de Recursos Humanos deve se direcionar para ações de engajamento, ou seja, como manter os talentos vinculados ao negócio, de alma e coração presentes no trabalho.
Talvez reter seja a batalha errada, pois a movimentação de profissionais altamente qualificados é uma realidade e faz parte do mundo dos negócios. Fazendo uma analogia com o casamento que, segundo dizem, deve ser mantido no dia-a-dia com ações de ambas as partes incentivando e fortalecendo a relação, nas empresas o caminho é similar. O vínculo de trabalho deve ser construído todos os dias. Isso se chama engajamento e deve ser feito desde o primeiro dia de trabalho de cada funcionário, prevenindo a desconexão que gera a desmotivação e abre as portas para ofertas dos concorrentes.
Abaixo algumas estratégias para engajar talentos e mantê-los na empresa:
Uma pesquisa realizada pela revista Você S/A e divulgada em ago/14, com 3254 profissionais de todos os níveis, revelou que 70,2% deles estão desmotivados no trabalho. A boa noticia é que, segundo outra pesquisa desenvolvida pela empresa de recrutamento Robert Half (divulgada na Revista Você S/A de julho/2014) com 1000 Diretores de RH em oito países, 63% dos RHs afirmam que no Brasil as pessoas estão mais propensas a declinar as ofertas de trabalho que recebem.
“Se você ama alguém, deixe-o livre. Se ele voltar, é seu. Se não, nunca foi”.
Richard Bach
Então crie uma proposta de valor para seus funcionários e deixe-os livres, pois a possibilidade de perdê-los é menor se o que eles querem você já estiver oferecendo.
Caro leitor, compartilhe conosco suas opiniões sobre o tema desse artigo.
Abraços,
Excelente artigo, Yara! Quando se fala em saber quem reter, na minha opinião outro aspecto importante ao apresentado, é considerar a performance junto com o perfil em ações proativas de gestão e RH. Ações de retenção quanto o profissional não vem apresentanto performance não se justificam. Importante é avaliar primeiro se trata-se da pessoa certa, no lugar certo e na hora certa. E, para enfrentar este desafio diário, a parceria entre RH e Gestores é fundamental. Ter os talentos internos mapeados frente aos desafios do negócio é um dos papéis importantes de um RH estratégico. Tal mapeamento subsidia, norteando ações… Read more »
Olá Rosimeri,
Adorei receber seu comentário e verificar que estamos alinhas na questão do engajamento! Você deve ser uma profissional de RH, pela sua opinião dá perceber que fala com conhecimento de causa. Esteja sempre participando e contribuindo conosco. Abrs,
Yara