Há muito tempo, durante um vôo, li um artigo no pé de uma página do Reader Digest que me chamou a atenção . O texto era sobre um empresário do ramo de sapatos que queria explorar o mercado africano. Enviou dois vendedores com a missão de vender pares de sapatos para a população de cidades pequenas daquele país. Depois de 1 mes ambos voltaram com as seguintes conclusões:
Vendedor 1 : “ Patrão, sem chances de vender sapatos na África…lá todos andam descalços”…
Vendedor 2: “ Patrão, pode aumentar a produção de sapatos, lá ninguém tem sapatos!”…
Este exemplo mostra que existem estilos de reação a uma determinada situação difícil e isto pode ser crucial na forma como vamos lidar com ela:
– Reação ativa construtiva – apoio genuíno e entusiasta ( caso do vendedor 2)
– Reação Passiva construtiva – apoio de modo breve ou conciso
– Reação Passiva Destrutiva – ignora o fato
– Reação Ativa destrutiva – apontar aspectos negativos do fato ( caso do vendedor 1)
Esta história serve de embasamento para falar aqui sobre Resiliência.
Muito se tem ouvido falar sobre esta palavra que é considerada uma competência importante para a sobrevivência nas Organizações. Ela é definida como uma combinação de fatores que propiciam ao ser humano, condições para enfrentar e superar problemas e adversidades.
No Processo de Coaching, muitas vezes nos deparamos com a questão da Resiliência que nos sabota quando queremos estabelecer metas para atingir nossos objetivos.
É preciso certa dose de otimismo para enxergar o revés como um fato passageiro, mutável e que pode ser treinado, respeitando alguns aspectos como :
– cultivar a resistência mental ( avaliando sob várias perspectivas o pensamento negativo)
– identificar e reforçar os pontos fortes ( o que eu tenho de melhor? )
– cultivar relacionamentos fortes ( com quem posso contar?)
Quando penso em uma pessoa com características de resiliência, imagino-a como um bambu, que dobra ao sabor do vento ou ventania mas não se deixa quebrar, retornando rapidamente à sua posição inicial.
Como esquecer a imagem da maratonista suiça Gabrielle Andersen de 39 anos que em 1984 ficou mais famosa do que qualquer um dos vencedores da primeira maratona feminina dos Jogos Olímpicos de Los Angeles ??? A atleta sofria com os efeitos do calor californiano e mal conseguia andar com cãimbras e fortes dores por todo o corpo. Ela não aceitou ajuda médica porque isso implicaria na sua desclassificação da prova. Ela demorou quase 15 minutos para completar o circuito mas conseguiu seu objetivo: cruzar a linha de chegada. A sua imagem de superação e resiliência foi a mais marcante de todos os Jogos de Los Angeles e seu exemplo serviu para modificar as regras de ajuda médica durante as competições.
Assistam ao vídeo de chegada da maratonista Gabrielle Andersen e percebam a analogia com as hastes do bambu.
Resiliência é isso!!!
Abraços,
Liana
Liana,
Pois assim, uns vendem sapatos e outros ficam se queixando. O exemplo da atleta também extraordinário. Parabéns e uma sugestâo… deve ter ai no seu administrador uma forma de colocar o link do video, mas ja aparecer a telinha do video. Faz uma tremenda diferença. Espero que ajude… abraços e obrigado pelo texto!
Claudemir
Claudemir, obrigada pela dica e também por nos prestigiar com a sua leitura do nosso blog. Abraços.
Muito bom, super importante lembrarmos que temos sempre duas opções.
Abs.
Olá Arlete…quando lembramos que temos opções, podemos escolher o que queremos e as possibilidades surgem para a ação . Obrigada por participar do nosso blog!
Liana, a tua contextualização dos estilos, que inclui passivo, ativo, destrutivo e construtivo, é uma leitura da realidade que acontece nas empresas. Talvez muitas pessoas não compreendem como se comportam no dia-a-dia…
A resiliência vem com a superação pessoal e da internalização das experiências de outras pessoas, como foi o caso da maratonista Gabrielle Andersen.
Belo texto!
Ricardo Verçoza
Olá Ricardo, é essa a nossa intenção: trocar experiências com informações do dia a dia das pessoas nas empresas e nas suas vidas pessoais. Agradeço o seu comentário e participação no nosso blog. Grande abraço!
Liana,
Bom texto e o modo como você exemplificou; Importante é sempre extrair o lado positivo das adversidades.
O pessimista reclama da tempestade e do excesso de ventos, já outros ajustam as velas do barco para obter melhor performance e tirar proveito.
Marcus Schmidt
É isso mesmo,Marcus…o melhor é ajustar as velas e tirar o melhor proveito da tempestade, como você mesmo citou.
Obrigada pela participação no nosso Blog.
Abraços.