O termo Design Thinking – também conhecido como pensamento estratégico do design – foi cunhado por Tim Brow, CEO da Ideo e David kelley, um dos seus sócios, para conseguir expressar a diferença entre ser designer e pensar como designer. Tim fala da migração do design do nível tático e operacional para uma abordagem mais estratégica.
Design Thinking é um modelo mental que gera inovação e que tem como princípios: empatia, pensamento sistêmico, times multidisciplinares e colaborativos e experimentação. Não podemos chama-lo de ferramenta, pois este modelo utiliza alguns instrumentos diferentes (entre processos e metodologias) constituindo uma forma diferente de associar e potencializar o pensamento para a geração de ideias.
Inicialmente muito utilizado onde a criatividade é “artigo de necessidade básica” (como marketing, publicidade e a criação de produtos), aos poucos foi conquistando outras áreas que perceberam a necessidade de chegarem a soluções através de formas diferentes e inovadoras de pensar, e o RH é uma delas.
O Design Thinking aplicado no RH, leva inovação à área a partir dos inputs de quem usa os seus produtos, serviços e processos. O produto final gera resultados exitosos para a empresa, pois os serviços são criados de uma maneira colaborativa, considerando as necessidades reais dos usuários.
Existem muitos projetos na área de RH, desde planos de ação para melhoria dos indicadores de engajamento, comunicação interna, turn-over e hora extra, até projetos mais específicos como soluções para os gaps no pipeline de liderança, sucessão, etc. Ou seja, lida-se o tempo todo com problemas que precisam ser resolvidos e metas que precisam ser alcançadas. Mas geralmente age-se sempre da mesma forma: com base no pensamento linear e racional. Ao aplicar o Design Thinking passa-se para uma forma sistêmica de pensar, onde o problema e a solução estão inicialmente indefinidos e a visão do usuário/cliente interno e o trabalho em equipes multidisciplinares são de grande importância.
A utilização do Design Thinking pelo RH pode impactar no cliente interno mais satisfeito e incentivar uma cultura de trabalho em time, criação, contribuição, geração de ideias e foco efetivo no usuário/cliente interno. Os impactos podem ser, por exemplo, na melhoria do clima interno, engajamento, produtividade da área e nos resultados da companhia. Uma pesquisa da FGV com gestores do método ao redor do mundo mostrou que mais de 70% dos entrevistados perceberam melhora nas finanças das empresas.
Acrescento ainda que se o RH desejar, pode até se posicionar como o motor de inovação colaborativa da organização.
Ótima semana!
Cassia Verginia de Resende
Coach e facilitadora de processos de desenvolvimento
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