Era uma vez seis homens, todos muito curiosos e dedicados, queriam ver o elefante. Desejavam observar e aprender. Como se pareceria, quais seriam o formato e o tamanho de tão rara criatura? Mas eram completamente cegos. Por isso podiam apenas tatear o animal, para depois tentar defini-lo.
O primeiro aproximou-se, tocou a larga e dura barriga e disse: “O elefante é muito parecido com uma parede”!
O segundo, ao sentir uma das presas de marfim, exclamou: “O elefante é muito parecido com uma lança”!
O terceiro, por acaso, chocou-se à tromba: “O elefante é muito parecido com uma cobra”!
O quarto abraçou uma das pernas: “O elefante é muito parecido com uma árvore”!
O quinto alcançou as orelhas: “O elefante é muito parecido com um leque”!
E o sexto, por sua vez, ao perceber o fino rabo, constatou: “O elefante é muito parecido com uma corda”!
Argumentaram entre si por horas, em vão. Ao mesmo tempo em que estavam todos parcialmente corretos, estavam também todos completamente errados.”
Esta lenda indiana, apesar de milenar, permanece atual. Se observamos o mundo corporativo, o que foi contado acima acontece com frequência. Não é raro observar discussões em que cada um dos envolvidos descreve o mesmo fato de maneira distinta, se recusando a avaliar sob um ângulo diferente e trocar experiências. Quantos elefantes temos deixado de ver em nosso dia-a-dia?
Bom final de semana!
Cassia Verginia de Resende