Uma temática anda em evidência entre meus coachees atuais: Gerente ou Líder – o que eu sou? Entre conversas e pesquisas, elaboramos um modelo de decisão para saber em qual dos papeis o coachee está e qual o seu desejo em relação às duas possibilidades. Algumas questões surgem:
“É melhor ser um gerente feliz e bem sucedido a um líder infeliz ?”;
“Como consigo fazer a transição de gerente para líder? “;
“Afinal, o que é ser um líder? “
Segundo a tabela do autor James Mcgrath podemos observar as diferenças entre os dois papéis da seguinte forma:
Gerentes preocupam-se com… | Líderes preocupam-se com… |
O presente | O futuro |
Planos | Visões |
Manutenção do sistema | O todo |
Manter o status quo | Mudança |
Feedback | Inspiração |
Objetivos | Resultados |
Monitorar e Controlar a equipe | Exercitar a influência sob seus seguidores |
Oferecer um sentido de ordem | Oferecer um sentido de propósito e direção |
Multiplicar a cultura organizacional | Construir a cultura organizacional |
Fazer da maneira correta | Fazer o correto |
Lidar com a complexidade dentro da organização | Lidar com as mudanças e suas consequências |
Produzir ordem e consistência | Produzir mudança e movimento |
Planejar e preocupar-se com o orçamento | Construir uma visão e ser estrategista |
Organizar a estrutura e equipe | Alinhar as pessoas com a visão e objetivos da corporação |
Resolver problemas | Antecipar os possíveis problemas e eliminá-los em suas fontes |
Economia e eficiência | Eficácia |
Ficando no caminho correto | Criando novos caminhos |
Após observar e analisar as informações acima, pensamos em como utilizar tais dados para responder as questões que surgiram. Através de suas agendas, pelo período de um mês, elencamos situações em que os coachees estiveram com suas equipes, trabalhos que realizaram de uma forma geral, decisões que tomaram, reuniões que participaram e interações com colegas. A partir desta lista, definimos quanto tempo foi necessário para cada uma destas atividades e começamos a conectar as atividades realizadas e seus respectivos tempos com os itens listados na tabela. Neste momento começamos a ter uma “foto” do papel atual exercido pelo coachee frente a sua equipe, colegas e na organização. Foi muito interessante e, em alguns momentos, surpreendente a reação de cada um deles. Através do exercício trouxemos a tona, de forma concreta, o papel exercido e também o tempo investido em cada atividade.
Após esta constatação e análise, pensamos em perspectiva e pontuamos de 1 a 10 os itens de tabela onde 1 eram as iniciativas que menos agradavam e 10 as que mais agradavam e aqui conseguimos notar em qual dos lados havia uma inclinação do coachee. Para alguns deles que eram gerentes, havia a tendência e intenção de tornarem-se líderes mas alguns deles não tinham esta inclinação e não há problema nisto (outra temática para conversa abriu-se aqui!).
A importância desta análise foi entender o momento atual do profissional e pensar em quais dos papeis identifica-se mais dentro da organização quando é responsável por pessoas. É importante que a cada dois meses esta prática seja realizada para acompanhar a evolução destes papeis. E lembre-se, quanto mais avançamos em nossa carreira e dentro de uma organização, o tempo investido no papel de líder será maior ao de gerente.
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Boa sorte e bom trabalho!
Um abraço,
Ticiana Tucci
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Oi Tici,
Gostei muito do seu post e da correlação do tema com uma proposte de abrodagem nos processos de coaching. Fiquei interessada em saber o nome do livro do autor que você cita, pode me responder? Bjs
Olá Yara, obrigada!
Segue o nome do livro:
The Little Book of Big Decisions Models – Autor James McGrath
Não sei se há versão traduzida para o português, mas é um livro muito interessante e prático.
Bom domingo e até breve,
Tici
Acho que você me mostrou esse livro, um dia na sua casa. Um pequenininho! Bjs
Este já é um novo ????