Continuando com o post de segunda, Alma Imoral tem tanto conteúdo que fica difícil ter que escolher sobre o que falar. Para hoje escolhi duas passagens:
Um homem rico foi se consultar com o rabino, que lhe perguntou o que costuma comer. O homem respondeu que é muito modesto e pão, sal e água é tudo que necessitava. E o rabino reagiu: “o que pensa que está fazendo? Deve comer carne e beber vinho como uma pessoa rica.” Mais tarde seus discípulos perguntaram por que o mestre havia dito aquilo e ele respondeu: “Até que ele coma carne e beba vinho, não vai compreender que o homem pobre precisa de pão. Enquanto se alimentar de pão, vai achar que o pobre pode alimentar-se de pedras.”
Isso nos diz que aquele que não usa todo seu potencial, de alguma maneira diminui o potencial dos outros. Se você quer que sua equipe cresça, pergunte-se: eu estou crescendo e usando todo meu potencial?
A segunda passagem é: O certo que é errado e o errado que é certo
Certa vez uma mulher muito pobre foi até o rabino para saber se a galinha que ela tinha poderia ser abatida conforme a tradição, pois mesmo tendo os filhos para alimentar gostaria de se manter fiel aos costumes. O rabino pegou a galinha e foi consultar os livros. Olhava a galinha, olhava os livros. Vendo que esta galinha não estava de acordo com os livros, entregou a galinha à sua esposa e pediu que ela dissesse a pobre mulher que ela não poderia abater a galinha. Sua esposa pegou a galinha, foi até a mulher. Olhava a galinha, olhava a mulher. E disse: “ela está de acordo, pode abater.”
Nilton Bonder diz: “para tudo que é compreendido como certo há, em determinadas circunstâncias, uma conduta errada que pode representá-lo melhor do que a aparentemente correta.” O rabino viu a situação pelo olhar dos olhos, já sua esposa pelo olhar da alma. Bonder explica: “compreender um conceito ao contrário – o que o olhar não olha é a verdadeira obediência propiciada pelo desvio – é fotografar a alma.”
Quantas decisões que você teve que tomar em sua carreira e em seu trabalho foram feitas pelo olhar dos olhos? E quantas pelo olhar da alma? Você prefere se fixar na moral, no correto, nos costumes e tradições, ou vez e outra permite que sua alma imoral lhe diga o que é bom e qual caminho deve seguir?
Bom fim de semana!
Grande abraço!
Alexandre Nakandakari