Nos últimos anos muitas empresas, especialmente aquelas com estratégias bem definidas, fizeram grandes investimentos, seja através de recursos financeiros ou em desenvolvimento e formação de novos profissionais. Muitas substituições trouxeram para as empresas pessoas tecnicamente mais qualificadas, com perfil e potencial para atenderem às demandas, atuais e futuras destas organizações.
Entretanto, muitos destes profissionais têm se mostrado desmotivados e até mesmo desinteressados pelo trabalho e por suas lideranças, apenas aguardando uma definição do cenário para buscarem novas oportunidades, se já não o estiverem fazendo de forma oculta. Isso chama presenteísmo – nome dado ao fenômeno de se estar de corpo presente no ambiente de trabalho, mas, por vários motivos o profissional não tem produtividade. Líderes e profissionais de RH, não podem permitir mais este prejuízo para as organizações.
Fazendo um paralelo com o Futebol, é notório vermos os atletas entrando em campo com vigor e disposição mesmo estando em posições menos privilegiadas na tabela classificatória. Tomemos como exemplo o jogo da última 4ª. Feira entre o Barcelona o Francês PSG, onde o Barcelona já iniciou a partida perdendo por quatro gols, tendo assim que vencer por 5 x 0 para permanecer no campeonato. Faltando menos de 30 minutos para encerrar o 2º tempo e mesmo já tendo feito três gols, tinha ainda a árdua missão de marcar mais três, sendo que o 6º gol saiu apenas nos últimos segundos da prorrogação.
Certamente os líderes deste time fizeram o seu trabalho, reunindo o time e transmitiram aos atletas mensagens de motivação e confiança para aquele momento além dos treinos físicos e táticos diários. Esse trabalho com certeza é de longo prazo, pois não adianta agir somente na véspera do jogo!
Cada funcionário tem a responsabilidade de conduzir sua carreira buscando atuar nas atividades que lhe dão prazer, nesse caso dependerá menos do incentivo externo para sentir-se engajado e contributivo. Por outro lado, o papel do líder é fundamental para facilitar o caminho de cada colaborador rumo ao trabalho que esteja em sintonia com seu propósito.
Trabalhando juntos líder e equipe tem mais chance de superar as adversidades decorrentes do cenário sócio político econômico que estamos atravessando.
Resumindo, está nas mãos dos verdadeiros líderes manterem os times comprometidos, motivados e produtivos em busca dos resultados necessários para “permanecerem no campeonato”.
No mundo moderno, os líderes carecem de desenvolver novas competências, tais como resiliência, inovação, trabalho em equipe para serem protagonistas neste cenário adverso que estão atravessando!
“Conheço muitos que não puderam quando deviam, porque não quiseram quando podiam.”
François Rabelais
Carlos Prado Consultor RH e Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas FIA – USP.