Bom dia leitor. Como você tem passado estes dias?
Por aqui, além dos estudos, atendimentos e projetos entre Brasil e Bélgica, estou empenhada nas leituras indicadas pela minha atual escola de coaching. Cada livro é uma descoberta à meu respeito e em como posso contribuir ainda mais para o processo com meus atuais e futuros coachees. Como é bom aprender e expandir nossa própria consciência.
O livro do momento é O Refém a Mesa (Hostage At The Table) do autor George Kohlrieser. A temática está em torno de como os líderes podem superar conflitos, influenciar e aumentar a performance. A leitura ainda está em andamento mas já gostaria de compartilhar com você o que tenho encontrado por aqui.
A primeira questão: Somos reféns sem saber que estamos nesta condição? Instigante a meu ver !!! Me debrucei nesta leitura ávida para saber o que encontraria.
Pense por um momento: O que você faria se fosse refém? Imagine que, de repente, você se encontrasse refém em uma determinada situação, onde sente-se preso, sem saída? Como você reagiria? Como se sentiria? O que faria? O que diria à pessoa que lhe coloca nesta posição? Todos nós podemos viver uma situação destas metaforicamente falando, onde nos sentimos ameaçados, manipulados e vitimas – todos os dias por chefes, colegas, clientes, membros da família ou virtualmente, por meio de pessoas com as quais interagimos pela internet. Também podemos nos tornar reféns de circunstâncias que acontecem em nossas vidas e , ainda mais, nos tornar reféns de nós mesmos, nossos pensamentos, emoções e hábitos.
Consideremos as situações abaixo onde nos permitimos estar nesta condição:
E assim vai… quando perdemos uma bagagem no aeroporto, quando perdemos o nosso trabalho, quando um voo está atrasado, a chuva, o calor… – qualquer situação externa que está fora de nosso controle , pode nos colocar na posição de reféns. Sem perceber, quantos de nós nos tornamos reféns destas situações? Você já se decepcionou porque suas férias foram perdidas por causa do tempo ruim? Você já disse à alguém: “Você me decepciona!“ Em caso afirmativo, você está permitindo se tornar um refém de determinada pessoa.
Desafiador, não? Quantas vezes nos pegamos nas situações descritas acima ou em tantas outras que nos bloqueiam.
A natureza competitiva de muitos líderes de negócio pode levar a situações em que eles competem com sua própria equipe, deixando de lado o espírito colaborativo. Os problemas ficam embaixo do tapete e sem resolução, criando um clima de desconforto, hostilidade e até medo. O autor escreve que conhece muitos líderes que não compreendem o poder que tem em suas mãos e tem dificuldade em lidar com seus próprios medos e inseguranças e então usam seu poder, controle e autoridade formal para gerenciar sua equipe. Quantos de nós já não presenciamos ou vivemos situações como a descrita pelo autor? Em contraste, um diálogo aberto e honesto é necessário para criar um clima sustentável de alta performance e confiança. Identificando uma agenda e diálogos comuns, empoderando suas equipes e trazendo motivação e energia ao ambiente.
Líderes autênticos aprendem a gerenciar sua própria natureza competitiva, ajudando os outros a crescer e a se desenvolver, na verdade eles tem a chance de mais sucesso se sua própria equipe for bem sucedida. E se pensarmos mais adiante, um líder de sucesso desenvolve o seu sucessor para que ele mesmo possa crescer e alçar novos voos.
O autor coloca duas perguntas que compartilho com você:
Por que muitas pessoas permanecem em situações infelizes? Por que vivem relacionamentos abusivos no ambiente de trabalho ou em sua vida pessoal? As razões são complexas, mas, essencialmente, houve a perda da habilidade de controlar suas mentes a focar em outras opções e utilizar o poder pessoal para agir dentro das possibilidades que agregam e os permitem crescer.
Este é apenas o início do livro que me fez refletir sobre muitas relações e contextos que são percebidos da maneira como o autor escreve. É importante lembrar que sempre temos a opção de escolher como pensamos, sentimos e agimos. Dependendo de nosso estado mental, o mundo é percebido de forma diferente. Aprendendo a não nos tornarmos reféns de nós mesmos e dos outros, nos permite gerenciar nossas vidas não necessariamente mudando as circunstâncias externas.
Se procurarmos os prazeres de forma externa, vamos encontrar uma satisfação efêmera. Se quisermos realmente mudar, precisamos olhar para dentro de nós. Quando optamos (um escolha consciente) por colaborar, cooperar e doar não estamos sendo reféns e nos sentimos mais positivos sobre as circunstâncias.
Convido você a pensar e listar algumas situações em que você permite-se ser refém. Através da consciência e opção de sua atitude você estará se libertando deste estado e evoluindo.
Um abraço e boa semana.
Até sexta,
Ticiana Tucci
ticiana@questaodecoaching.com.br
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