Ao se iniciar um processo de Coaching Executivo muitas variáveis entram em cena: as expectativas dos envolvidos, o contexto dos negócios, a cultura da organização, os conceitos pré-existentes sobre o que é Coaching e muitos outros. Para que haja um alinhamento sobre o processo de Coaching, todos os Stakeholders precisam ser envolvidos e tomar consciência sobre o seu papel durante o processo e os objetivos do mesmo.
Um dos princípios básicos do Coaching Executivo é que ele se caracteriza como uma relação profissional contratual, segundo Rosa Krausz – no livro “Coaching Executivo”, de sua autoria. O termo “contrato” é usado aqui como similar a acordo ou termo de compromisso e não como um documento legal. É por meio desse mecanismo que expectativas realistas são explicitadas, papeis são definidos e objetivos são acordados.
Ao atendermos uma solicitação de Coaching Executivo, podemos nos deparar com empresas que estejam em diferentes estágios de conhecimento sobre o que é um processo de Coaching Executivo. É por meio do contrato que conseguiremos aumentar a uniformidade com relação ao entendimento sobre o processo de Coaching e sobre como ele irá se desenrolar.
Fanita English (1975) desenvolveu o contrato de três pontas que atende bem às necessidades envolvidas no Coaching Executivo. Veja abaixo:
Ter esses três contratos bem firmados, negociados e coerentes entre si, vai contribuir para que os resultados para o coachee e para a organização sejam atingidos.
Alguns pontos devem ser observados no estabelecimento desses contratos:
Além disso, considero interessante a contribuição de Eric Berne (1966), que distingue três aspectos do contrato que podemos levar em consideração:
A falta de um contrato bem firmado pode ocasionar fatores de descarrilamento de um relacionamento de Coaching Executivo, alguns citados por David Noer no Livro Coaching – “O exercício da Liderança”:
Outros que eu identifico são:
Por meio do processo de contratação espera-se que o Coach consiga avaliar o quanto o Coachee está pronto para o processo de Coaching, além de engajar todos os envolvidos no estabelecimento de objetivos, acompanhamento e apoio ao processo.
Essa fase do processo exige do Coach preparo e experiência, pois muitas vezes envolve ouvir o que não foi dito e ver o que não foi mostrado ou seja, intuição e percepção aguçadas contribuem para captar eventuais sinais que possam colocar o processo de Coaching Executivo em risco.
Referências:
Krausz, R. R. (2007). Coaching Executivo
Goldsmith, M e outros. (2003). Coaching – O exercício da Liderança
Abraços e bons contratos!
Yara Leal de Carvalho